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O Brasil responderá pela maior parte dos investimentos em geração da Enel Americas. O aporte previsto em geração é de US$ 3,4 bilhões na região, desse valor, 67% ou US$ 2,3 bilhões serão destinados ao país. Em apresentação dos planos da empresa realizada na tarde desta terça-feira, o foco está na garantia de obtenção de margens, no desenvolvimento de fontes renováveis e aumento da qualidade das redes. No total o Brasil deverá receber 61% do investimento total da empresa entre 2022 a 2024, ou US$ 5,4 bilhões dos US$ 8,9 bilhões.

O CEO da Enel Americas, Mauricio Bezzeccheri, apresentou um detalhamento para a região de atuação da companhia, uma sequência do evento que a holding realizou na semana passada o Capital Markets Day, quando revelou seus números globais para o período de 2022 a 2024. Por isso, ressaltou as metas da empresa de ser Net Zero até 2040 com seu portfolio renovável, deixar a geração a carvão até 2027 e a gás em 2040.

Ao final desses três anos do plano a empresa deverá chegar a um portfolio de 14,5 GW de potência instalada ante os 11 GW que a companhia tem como estimativa de encerramento deste ano. A expansão de 3,5 GW terá participação de 62% de eólicas e os 38% restantes de solar. Desse volume, diz a Enel Americas 2,3 GW já estão em execução, sendo que no Brasil são três projetos eólicos que somam pouco mais de 1,1 GW.

O executivo lembra que o Brasil deverá desempenhar um papel importante na expansão da companhia até porque é aqui que estão concentrados 66% de todo o pipeline de 56 GW que a empresa mantém.

Outra base de sua estratégia está nas redes de distribuição. Nesse sentido a Enel tem o plano de lançar um programa de instalação de smart meters em São Paulo. O projeto consiste em investimentos de US$ 300 milhões até 2024 para a instalação de cerca de 1,4 milhão de medidores inteligentes. A maior parte deverá ficar para 2023 e 2024.

Bezzeccheri disse ainda que de 2024 a 2026 a companhia vai acelerar a instalação para os demais consumidores, o plano completo é de chegar a 8 milhões de clientes na região de concessão, um aporte que deve somar US$ 1 bilhão.

Apenas na divisão Enel X que os investimentos não serão os maiores da região no Brasil. Enquanto no Peru estão em 44% do total de US$ 230 milhões, a Colômbia receberá 37% e o país 18%. Contudo, no mercado livre com novos produtos e soluções em energia o Brasil volta a estar à frente do destino de aportes com 53% do total de US$ 150 milhões.

Com isso, o objetivo da companhia é o de alcançar aumento de 26% a 37% e seu ebitda ao final desse período, algo entre US$ 4,9 a US$ 5,4 bilhões e o lucro líquido de US$ 1,2 a US$ 1,6 bilhão, aumentos na faixa de 21% a 51% ante o atual patamar estimado para este ano de US$ 1 bilhão.