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A Solar Americas Capital deverá comemorar seu primeiro aniversário de existência com um marco importante, o início das obras de seus dois primeiros projetos solares. A empresa, criada no ano passado por dois brasileiros radicados no Reino Unido, tem planos ambiciosos ao passo de chegar a 2026 com um portfolio de 2 GW e investimentos da ordem de 1 bilhão de libras, ou algo próximo a R$ 7,5 bilhões, conforma a cotação da moeda britânica na data de hoje.
Luiz Silva, cofundador e CEO EMEA da Solar Americas, disse em entrevista à Agência CanalEnergia que já há cerca de 500 MW em capacidade instalada em estágio avançado de negociação. Esse montante representa cerca de 25% do portfólio pretendido para o horizonte do planejamento inicial da empresa. Segundo ele, até o final de 2026 a empresa deverá ter esse volume em operação ou próximo de iniciar a geração.
“Desde setembro as coisas avançaram e agora temos duas usinas que devemos iniciar a construção no final de dezembro ou início de janeiro e a produção de energia é estimada entre maio e junho de 2022. Nosso plano é de no final de 2023 termos pelo menos 200 MW em operação”, aponta ele.
Silva destacou que o modelo de negócios da empresa é de iniciar obras de projetos que estejam compromissados com o cliente. O pipeline é de cerca de 10 GW espalhados pelo Brasil todo.
No momento a meta é autoprodução e o público alvo está em grandes redes de varejo, fábricas e indústrias. “Os ativos serão no modelo BOP com capacidade mínima de 1 MW a até 100 MW de capacidade”, comentou. “Nosso foco está no cliente, seja em autoprodução ou até em geração distribuída, apenas o excedente de geração poderá ser colocado no mercado livre”, comentou ele.
A atuação da Solar Americas Capital se dá por meio de joint ventures com empresas para que juntos desenvolvam e explorem o ativo de geração. O modelo de negócios é classificado pelos fundadores como ‘simples e inovador’ e apontam que a iniciativa chega ao país após uma primeira rodada de investimentos cujo o objetivo é o de captar e investir um bilhão de Libras nos próximos cinco anos.
“Por isso estamos aqui em Londres no coração do mercado financeiro do Reino Unido onde fica a sede da empresa, aqui temos acesso a fundos, family offices de diversas origens geográficas e com planos de investimentos de longíssimo prazo que veem nas renováveis um caminho para expansão”, comentou Silva. Um dos investidores é a Evipar que atua em setores de saúde e no imobiliário.
“Estamos apresentando um formato de parceria que traz transparência e gera valor para empresas parceiras e investidores, ao mesmo tempo que permite a monetização e construção de ativos para o longo prazo. Existe uma excelente oportunidade para nossos parceiros corporativos e investidores na medida em que fazem parte de um portfolio maior, sem o risco de estarem sozinhos no processo”, reforçou Tiago Alves, cofundador e CEO Americas.
Além de iniciar do zero os ativos, Silva ainda afirma que no radar da empresa estão oportunidades de aquisição de parques solares que tenham alto grau de eficiência. E ainda, fazem parte do monitoramento de caminhos possíveis para a companhia, a adoção de novas tecnologias ao passo que se tornam mais viáveis do ponto de vista econômico, como sistemas de armazenamento de energia e até mesmo entrar no segmento de hidrogênio verde para o futuro.