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As ações de ambientais, sociais e de governança da Isa Cteep já se consolidam e começam a gerar resultados à companhia. A transmissora é a maior empresa privada de transmissão do setor elétrico brasileiro, mas as ações de ESG têm entrado no escopo econômico.

Ao se dar conta do imperativo papel de organizações que combinam lucro e impacto socioambiental positivo, a empresa já colhe os frutos das ações práticas. Do ponto de vista de governança, a companhia tem 60% da diretoria composta por mulheres e as metas sociais fazem parte da bonificação e da remuneração da alta liderança.

Soma-se a isso que a companhia inseriu indicadores de raça e gênero no processo seletivo do programa de estágio, elevando o número de finalistas mulheres. Recentemente a Isa Cteep aderiu ao Pacto Empresarial pela Integridade e contra a Corrupção, um compromisso público em favor da integridade que traz como benefício para as empresas e organizações que o assinam uma referência do que é preciso cumprir para combater a corrupção e preservar a integridade.

Em conversa com a Agência CanalEnergia, o presidente da companhia, Rui Chammas, diz que isso já faz parte do Grupo Isa. Entretanto, ele destaca o simbolismo e a relevância do ato em relação à opinião pública. “Assinar este tratado foi um gesto adicional, que num país como o nosso é fundamental para reforçar este movimento e criar ainda mais essa dinâmica positiva a respeito das boas práticas empresariais”.

“Assinar este tratado foi um gesto adicional, que num país como o nosso é fundamental para reforçar este movimento e criar ainda mais essa dinâmica positiva a respeito das boas práticas empresariais”
Rui Chammas, da Isa Cteep

Bônus atrelados ao ESG
Uma tendência no mundo ESG é a vinculação destas metas ao bônus e remuneração variável dos cargos de alto escalão. No lado social, todas as metas da companhia de prestação de serviços à entrega da energia e segurança do trabalho viram métricas.

É claro que isso é bom aos olhos dos investidores. Chammas se orgulha em dizer que a companhia se destaca entre as boas pagadoras de dividendos, entre outras coisas, pelas ações de ESG consolidadas. Na questão ambiental, as metas de redução da emissão de gases de efeito estufa tendem a ser mais firmes e revistas periodicamente.

“A empresa é carbono neutro desde 2019 a partir da aquisição de créditos de carbono (…) nós acompanhamos o consumo de água e energia em excesso, o impacto dos gases isolantes, os gastos dos colaboradores no deslocamento. Temos uma meta de redução dessa pegada ano após ano e isso faz parte do bônus da nossa equipe”, conta.

Questões a avançar
Por outro lado, ainda há um longo caminho a trilhar. Chammas conta que a questão racial ainda é um ponto a se avançar. A Isa Cteep tem cerca de 25% dos colaboradores autodeclarados pretos e pardos, “enquanto no Brasil a gente tem uma porcentagem de cerca de 50%. Entendemos que a gente pode buscar garantir que o acesso a todo e qualquer profissional se dê sem nenhum preconceito na companhia”, afirma.

Entretanto, o executivo diz que isso já está sendo reforçado no programa de entrada da companhia e que outro projeto em que a Cteep tem a missão de reforçar que não exista nenhuma diferença entre os funcionários.

“Esse programa se chama Outros Olhares” que trabalha muito o viés inconsciente que pode existir em algumas pessoas e as percepções erradas e equivocadas de forma que a gente tenha uma empresa que seja um espelho da sociedade.

No âmbito social, a visão da empresa é transbordar as ações da empresa para a sociedade. “Temos um programa chamado ‘Conexão para o Desenvolvimento’, em que nosso objetivo é investir para educar a sociedade em volta de onde a empresa está inserida positivamente”.

O programa deve ser lançado no início de 2022 em algumas cidades estratégicas em que a realidade social e o cotidiano da empresa estão mais intimamente ligados.

Já na agenda ambiental, a transmissora tem o projeto Conexão Jaguar, principal programa de sustentabilidade do grupo, para a proteção da onça pintada. O programa atua na preservação de mais de 76 mil hectares na região da Serra do Amolar, no Pantanal. A iniciativa é bem intencionada, porém precisa avançar. A meta agora é acompanhar a preservação deste felino e monetizar créditos de carbono.