A B3 divulgou a prévia da 17ª carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3. A nova carteira vale de 3 de janeiro a 30 de dezembro de 2022. O ISE B3 reúne 34 ações, de 34 empresas de 15 setores. Juntas, as companhias somam R$ 1,6 trilhão em valor de mercado, 35,44% do total do valor de mercado das companhias com ações negociadas na B3, com base no fechamento de 30 de novembro de 2021. No setor elétrico, AES Brasil, Cemig, Copel, Cosan, CPFL, EDP, Light , Vibra e WEG entraram na carteira. Da lista do ano anterior, ficaram de fora Petrobras, Eletrobras, Engie e Neonergia.
Em novembro a Agência CanalEnergia já abordava que haveria para 2022 uma mudança nos questionários em prol da agenda ESG. Nesta edição, o ISE avaliou temas como Capital Humano, Governança Corporativa e Alta Gestão, Modelo de Negócios e Inovação, Capital Social, Meio-Ambiente e Clima.
A EDP conquistou o 1º lugar no ranking geral da carteira do ISE. Este é o 16º ano consecutivo em que a empresa figura no índice. De acordo com o CEO da EDP do Brasil, João Marques da Cruz, a colocação no mais respeitado índice de ESG do mercado brasileiro de capitais. é motivo de orgulho. Segundo ele, em 2021, a empresa apresentou ao mercado o plano de investimentos, que demonstra uma firme aposta nas energias renováveis e na estratégia ESG. Para ele, nesta década as companhias terão um papel fundamental no controle das mudanças climáticas e a EDP quer protagonizar este movimento, em alinhamento com sua estratégia global de liderar a transição energética, agindo hoje para mudar o amanhã.
A Copel (PR) ficou na 12ª posição do ISE e participa dos processos seletivos desde o seu lançamento. Segundo o diretor de Riscos e Compliance, Vicente Loiácono Neto, o resultado vem consolidar uma trajetória bem-sucedida na gestão da sustentabilidade e do direcionamento ESG dentro da companhia. Para Neto, mesmo com a profunda mudança na metodologia de avaliação e a ampla reestruturação dos quesitos do questionário que respondemos, a estatal paranaense conseguiu o 12º lugar entre as 34 empresas componentes da carteira.
A Cemig é uma empresa que figura na relação desde que o ISE foi criado. Para a empresa, a manutenção no índice mostra o compromisso contínuo da companhia em adotar as melhores práticas de ESG. A Cemig obteve pontuação máxima em qualidade de vida e benefícios, mudanças climáticas, conduta e conflito de interesses e privacidade de dados de clientes. Para Claudio Bianchini, Diretor Adjunto de Comunicação e Sustentabilidade, o foco da companhia está na criação de valores para os seus acionistas, empregados e fornecedores, além do querer gerar o bem-estar para a sociedade mineira, por meio do aprimoramento das práticas de sustentabilidade empresarial.
No ISE desde a criação, a AES Brasil credita a inclusão na lista a uma série de ações realizadas orientadas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas. Em setembro, a AES Brasil foi a única empresa da América Latina a receber classificação máxima, AAA, no MSCI ESG Rating, que calcula a exposição de empresas com base nos índices ambientais, sociais e de governança. Para José Simão, diretor de Planejamento Estratégico e ESG da AES Brasil, a conquista demonstra a consistência na maneira de atuar, sempre associando o compromisso estratégico às melhores práticas sociais, ambientais e de governança.
Incluída pelo terceiro ano seguido, a Vibra Energia (antiga BR Distribuidora) se mostra ciente dos desafios das próximas décadas, investindo numa agenda ESG que atenda aos anseios da sociedade brasileira. A companhia quer ser a parceira ideal para o processo de transição energética de seus clientes, e já trabalha nesse sentido. Recentemente, a Vibra lançou o Vibra co.lab e planeja para o início de 2022, a criação de uma corporate venture capital, um fundo de investimento para startups com foco em transição energética. Para Selma Fernandes, Diretora de Gente e Gestão da Vibra, a transformação já está em curso e receber esse reconhecimento demonstra que está no caminho certo