Dados preliminares do Boletim InfoMercado Quinzenal, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, destacaram que o consumo de energia elétrica no Brasil recuou pelo segundo mês consecutivo, somando, em novembro, 64.242 MW médios, volume 1,3% menor em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com a CCEE, a redução é um reflexo da retração de 5,5% no mercado regulado, no qual estão as unidades ligadas à baixa tensão, como as pequenas empresas e residências. Esse segmento utilizou 41.366 MW médios, enquanto o mercado livre, que concentra a demanda de eletrointensivos como a indústria e shoppings centers, demandou 22.876 MW médios, um avanço de 7,2% na comparação anual.
O uso de painéis fotovoltaicos instalados em empreendimentos comerciais ou residenciais, conhecidos como Geração Distribuída (GD), é outro fator que reduz o consumo do mercado regulado, uma vez que esses autoprodutores deixam de demandar parte de sua necessidade energética da rede. Se não houvesse esse tipo de sistema, o ambiente teria apresentado redução menos intensa, de 4,3%.
(Divulgação: CCEE)
No consumo regional, o Distrito Federal e o Rio Grande do Sul foram as unidades federativas com maior retração no consumo de energia em novembro na comparação com o mesmo mês em 2020, registrando quedas de 18% e 12%, respectivamente. As maiores altas, por outro lado, se concentraram nas regiões Norte e no litoral do Nordeste. Vale reforçar que os dados são prévios e sofrerão alterações até o encerramento da contabilização do mês, apontou a CCEE.
(Divulgação: CCEE)
Mais uma vez a produção de energia solar fotovoltaica se destacou, com crescimento de 72,6% em relação ao ano passado. O volume gerado pelos parques eólicos aumentou 7,8%. As hidrelétricas, por sua vez, apresentaram ligeira queda, de 0,3%, enquanto as usinas térmicas recuaram 8,1%.
(Divulgação: CCEE)