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A EVA Energia, subsidiária do Grupo Urca, está investindo R$ 50 milhões para aumentar a sua produção de biogás até o segundo semestre do ano que vem. Em entrevista à Agência CanalEnergia, o CEO da empresa, Eduardo Lima, conta que a meta é sair dos atuais 2 MW para 18 MW. A EVA é uma empresa com a totalidade da sua operação baseada no biogás de produção em aterro ou a partir de fazendas de dejetos animais.
A empresa possui um projeto de biogás na fazenda Mano Júlio, na cidade de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso. Os abates de suínos no local chegam a 550 mil por ano. Os dejetos são levados para grandes biodigestores fechados que acabam por virar biogás para geração de energia. “É a chamada economia circular, onde tudo é aproveitado e você não joga nada na atmosfera”, explica. Em 2022, a produção na Mano Júlio deve ir a 3 MW e já há capacidade para 4 MW. O bom desempenho da agropecuária brasileira aparece como um impulsionador da expansão do biogás a partir dos dejetos. Lima classifica esse potencial como ‘Pré-sal caipira”.
Já na parte de aterros sanitários, a EVA está presente no aterro de Seropédica (RJ), considerado um dos maiores da América Latina. A capacidade da produção é de 5 MW e lá a energia é destinada para geração distribuída. Em Mauá (SP), a EVA tem um projeto similar ao de Seropédica, também de 5 MW. Segundo Lima, a EVA tem mais dois projetos de biogás de aterro, um com 17 MW e outro com 8 MW que deverão ter a energia destinada ao Mercado Livre de Energia. Somando os valores e Geração Distribuída e para o ambiente livre, o executivo acredita que a empresa lidera na geração a partir de biogás renovável. Ele lembra das vantagens do biogás, que é uma fonte firme na disponibilidade, ao contrário de eólicas ou solares, que são intermitentes.
O CEO da empresa ressalta que o período de aprendizado da empresa com o biogás a deixa em uma condição diferenciada no mercado. “Isso nos permite fazer as coisas de uma maneira mais rápida e com uma assertividade maior”, avalia. Ele também classifica com irreversível o movimento em favor da inserção de mais renováveis no sistema, ratificado pela conferência COP 26, assim como o em prol dos aterros sanitários e o fim dos lixões. “Isso também faz com que a expectativa para 2022 seja muito boa”, avisa.
Para Lima, houve uma mudança no comportamento do cliente, que antigamente procurava apenas a redução nos custos com a energia. Hoje, o foco na temática ESG é forte e aparece como aliado do biogás. “Na verdade, quando somos procurados ou quando a gente identifica algum cliente potencial o foco é muito mais na questão do ESG, onde ele quer sair de uma matriz fóssil e quer ir para uma matriz renovável. Isso se tornou uma coisa muito mais importante do que a própria questão da redução da despesa.”, relata.