A Cemig está desenvolvendo um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) que busca testar novas formas de monitoramento de peixes, de modo a otimizar tempo e recursos nas campanhas em campo, análises de dados e respostas aos órgãos ambientais com mais assertividade e agilidade. O projeto da Cemig tem parceria com a Universidade Federal de Lavras (UFLA) e Sociedade Mineira de Cultura, sendo a Fundação de Desenvolvimento Científico e Cultural (FUNDECC) a interveniente do projeto, dentro do Programa de P&D regulado pela Aneel.
A iniciativa foi denominada de “GT 0635 – Uso de Ferramentas Inovadoras para Detecção e Monitoramento de Espécies de Peixes de Água Doce”. Considerando que atualmente a metodologia utilizada para realizar os monitoramentos, solicitados nas condicionantes vinculadas às licenças de operação, consiste principalmente em uso de petrechos de pesca que implicam na coleta dos indivíduos, há um processo longo e burocrático para que essas atividades sejam executadas em consonância com as autorizações dos órgãos ambientais.
A Cemig explicou que o projeto em questão propõe que técnicas como ecossondagem e DNA ambiental (e-DNA) atuem de forma complementar entre si, visando trazer maior ou melhor compreensão dos ambientes estudados em comparação ao monitoramento tradicional. Vale ressaltar que a técnica de e-DNA consiste na coleta de amostras d’água, que ao serem analisadas permitem a identificação dos organismos existentes no ambiente e que liberam DNA pelo muco presente nas células da pele, escamas e fezes. A companhia possui também dados que são resultado de anos de monitoramentos realizados nas usinas pertencentes à companhia.