A Eletrobras aprovou em reunião do seu conselho realizada na última sexta-feira, 17 de dezembro, o seu Plano Diretor de Negócios e Gestão 2022-2026. O PDNG contempla investimentos totais de R$ 48,3 bilhões e a transmissão assume um papel de destaque, uma vez que vai ser o destino de R$ 19,9 bilhões, o maior por área e superando o da geração, área de atuação mais conhecida da estatal. Para esse setor, o valor estimado é de R$ 17,8 bilhões. A Eletrobras pretende reservar ainda um total de R$ 8,7 bilhões para as suas Sociedades de Propósito Específico. Já os investimentos em infraestrutura e ambiental devem chegar a R$ 1,76 bilhão até 2026.
De acordo com a estatal, os reforços e melhorias na transmissão devem receber R$ 11,3 bilhões até 2026, enquanto a ampliação deve ficar com R$ 6,12 bilhões nesse período. Para a manutenção das LTs e SEs a estatal espera investir R$ 2,3 bilhões.
Na geração, a expectativa é investir R$ 12,5 bilhões em expansão até 2026, enquanto a manutenção deve ficar com R$ 5,3 bilhões. Nas SPEs, a geração de energia deve receber R$ 6,1 bilhões em investimentos até 2026, enquanto a transmissão receberá R$ 2,49 bilhões. A conclusão da usina de Angra 3 aparece como iniciativa estratégica para a expansão do parque gerador.
O PDNG 2022-2006 contempla a privatização da Eletrobras, que virá através da capitalização. Nas diretrizes estratégicas, chama a atenção a disposição para ser líder na Comercialização de Energia, com margens atrativas e eficiência na gestão dos riscos. Para atingir esse nível, aposta é na redefinição do modelo de atuação, ficando mais eficaz, transparente e integrado, além de estratégias para comercialização, gerenciamento de risco e planejamentos de curto, médio e longo prazo.
Outra diretriz do PDNG é a dos Novos Negócios, com foco em energia, participando da consolidação do setor. A intenção é participar de negócios que envolvam a descarbonização dos Sistemas Isolados da Amazônia.