A Eneva pretende iniciar a implantação da UTE Azulão (AM – 295 MW) no segundo semestre de 2022. A nova usina, com investimentos de R$ 1,3 bilhão, foi viabilizada no leilão para a comercialização de reserva de capacidade realizado nesta terça-feira, 21 de dezembro. Além de Azulão, a UTE Parnaíba IV (MA) também foi vendida no certame.

A UTE Azulão será instalada no município de Silves (AM). O prazo de construção previsto é de até 36 meses No certame, a usina firmou contrato de venda dessa potência pelo prazo de 15 anos, para entrega a partir de 1º de julho de 2026, assegurando receita fixa anual durante o período de suprimento de R$ 216.869.653,48., reajustados pelo IPCA. De acordo com Pedro Zinner, CEO da Eneva, o projeto amplia o uso do gás na bacia do Amazonas, promovendo desenvolvimento regional e substituindo fontes mais poluentes de geração de energia.

Já a usina Parnaíba IV, também movida a gás natural, conta com capacidade instalada de 56 MW e vendeu uma capacidade de 39 MW no leilão de hoje, também por 15 anos e com entrega a partir de 1º de julho de 2026. A UTE está localizada no Complexo Termelétrico Parnaíba, em Santo Antônio dos Lopes (MA). Em operação desde dezembro de 2013, a usina não possui contrato vigente no ambiente regulado. Nesse caso, a receita fixa anual durante o período de suprimento é de R$ 32.083.083,32, corrigidos pelo IPCA.

Para Zinner, os projetos viabilizados são mais um passo na estratégia de criação de valor e estão em linha com o modelo pioneiro de utilizar o gás natural para geração de energia em locais próximos às áreas produtoras – no caso o campo de Azulão, no Amazonas, e nos campos da bacia do Parnaíba, no Maranhão, onde a companhia já opera um dos maiores complexos termelétricos do país. Segundo ele, esse modelo diferenciado permite custos mais competitivos de produção de energia térmica, o que se mostrou indispensável neste ano de restrição hídrica em que foi necessária maior disponibilidade de energia termelétrica.

Neoenergia – A Termopernambuco (PE- 550 MW), da Neoenergia, também firmou contrato no leilão de potência. Foi vendida toda a capacidade disponível da usina, de 498 MW. O preço da potência ficou em R$ 487.412,70 MW/ano, com início de fornecimento em 1º de julho de 2026 e assegurando a receita fixa de potência de R$ 207 milhões por ano. O contrato tem vigência de 15 anos.

Atualmente, a Termopernambuco, movida a gás natural, é uma das usinas de maior disponibilidade acumulada entre as térmicas existentes no país. A planta tem destacada eficiência, o que a insere em posição de destaque para efeitos de despacho. Aliada à confiabilidade e flexibilidade operacional, foi firmado compromisso de fornecimento de gás 100% flexível com a Shell Energy do Brasil a preços competitivos.

Para a Neoenergia, o resultado do leilão está alinhado com a estratégia da Neoenergia no setor elétrico brasileiro, abre oportunidades futuras para o negócio e demonstra, mais uma vez, o compromisso de criação de valor para seus acionistas.