A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) e o Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) assinaram na semana passada na sede da INB, no Rio de Janeiro, o aditivo ao contrato que prevê o fornecimento de dez cascatas de ultracentrífugas para enriquecimento isotópico de urânio. No total, nove já foram entregues pelo CTMSP, faltando apenas a última para concluir a primeira fase de implantação da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio da INB.

Durante a cerimônia, as instituições destacaram que vislumbram a possibilidade de novos projetos desenvolvidos em conjunto. Desta forma, foram reafirmados os entendimentos de que a Marinha do Brasil é protagonista em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) na área nuclear, tendo atingido diversas etapas piloto de desenvolvimento de processos do ciclo do combustível nuclear, e a INB, com sua capacidade industrial, para atingir e desenvolver a cadeia produtiva do urânio por meio da implementação de tecnologias autóctones disponíveis.

O evento marcou, ainda, o fim da fabricação pela INB das pastilhas a serem utilizadas nos elementos combustíveis que serão empregados no Laboratório de Geração Nucleoelétrica (Labgene), parte essencial do Programa Nuclear da Marinha, que tem por finalidade desenvolver um reator nuclear para a geração de energia elétrica, com diversas aplicações possíveis para a sociedade brasileira, como a fabricação de radiofármacos e a simulação da planta do primeiro submarino brasileiro de propulsão nuclear.