A Oferta Interna de Energia Elétrica (OIEE), incluindo todo o consumo e perdas na transmissão e distribuição, deve crescer 4,8% em 2021, aponta o Boletim Mensal de Energia de outubro do Ministério de Minas e Energia.
As fontes eólicas e solar subiram 3 pontos percentuais (pp) na composição da matriz, chegando a 13,5%, perdendo somente para a hidráulica, que aparece com 56,7%. Já as térmicas a gás natural devem crescer 55% no ano, o que a coloca em terceiro lugar, com 12,2%, 3,9 pp acima do indicador de 2020.
A geração eólica ficará próxima a 73 TWh em 2021, mostrando avanço de 28%. A solar deve figurar com 18 TWh, alta de 69%. Nesse tipo de tecnologia, a modalidade de geração distribuída poderá crescer até 120%, quatro vezes em relação ao indicador das usinas centralizadas.
Apesar das altas taxas de solar e eólica, as fontes renováveis na OIEE vão perder participação perto de 6 pp, em razão de um recuo de 9% na geração das usinas hidráulicas, prejudicada pelo agravamento da seca em 2021.
Vale destacar que os 13,5% de participação das fontes complementares na oferta fez o Brasil ultrapassar o indicador dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), previsto em 13% para esse período.
Para a demanda total de energia, que inclui a OIEE e todas as demais fontes e usos de energia, é esperado um crescimento de 4,6%, com as fontes fósseis tendo uma recuperação das perdas ocorridas em 2020, principalmente na indústria e transportes. Nessa matriz as renováveis também devem perder participação, em torno de 4 pp.