O Rio Grande do Sul atingiu 1 GW de potência instalada em geração distribuída (GD), tornando-se o terceiro estado brasileiro a superar o patamar, junto a Minas Gerais e São Paulo, informa a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). A GD está presente em 497 municípios gaúchos, sendo Caxias do Sul a cidade com maior participação, cerca de 36,56 MW, seguida por Santa Maria e a capital Porto Alegre, com 24,95 MW e 24,85 MW respectivamente.
Segundo a entidade, a expansão da modalidade em solo gaúcho segue um ritmo impressionante, partindo de 0,5 GW para 1 GW em apenas 15 meses, enquanto o primeiro 0,5 GW foi instalado entre novembro de 2013 e outubro de 2020, totalizando 83 meses. Ou seja, a velocidade de crescimento no estado foi 5,5 vezes maior no último 0,5 GW.
O diretor regional da ABGD no Rio Grande do Sul, Frederico Boschin, aponta a maior oferta de crédito – por meio de crédito cooperativo – e a maior oferta de serviços de engenharia, devido à uma distribuição de empresas de instalação de sistemas UFV por todo o estado, como os pilares que sustentam a expansão desse tipo de geração de energia na região.
Para Carlos Evangelista, presidente da ABGD, uma característica da história da GD gaúcha merece destaque: “O desenvolvimento de tecnologia para geração de energia por meio da casca de arroz mostra como geração distribuída está a serviço do conceito de sustentabilidade”, referiu.
A fonte predominante no estado é a solar, por meio de painéis fotovoltaicos, que entrega 983 MW (98%); seguida pela geração por meio de casca de arroz 3,2 MW (0,3%), biogás com 2,79 MW (0,2%) e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH) com 1,4 MW (0,1%).
No RS a classe consumo residencial é a predominante, responsável por 418 MW; logo atrás vem as conexões comerciais, com 314 MW. Destaque também para a aplicação da GD nas áreas rural e industrial, com 163 MW e 98 MW, respectivamente.