A variação de 0,50% em energia, menor que os 1,24% do mês anterior, fez com que o grupo habitação também desacelerasse para 0,74% em dezembro de 2021, frente aos 1,03% registrados em novembro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo de dezembro subiu 0,73%, 0,22 ponto percentual abaixo da taxa de 0,95% registrada em novembro. Em 2021, o índice teve variação de 10,06%, acima dos 4,52% registrados em 2020. Em dezembro de 2020, a variação havia sido de 1,35%.
De acordo com o IBGE, desde setembro está em vigor a bandeira Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos. As variações das áreas foram desde recuo de 2,88% em Goiânia (GO), até alta de 5,61% em Porto Alegre (RS), onde houve reajuste de 14,7% em uma das concessionárias pesquisadas. Em Rio Branco (AC), com variação de 1,25%, as tarifas foram reajustadas em 10,66%.
2021 – O item energia, com 0,98 ponto percentual, foi a maior contribuição para a variação do grupo habitação, que chegou a 13,05%. Até abril, vigorou a bandeira amarela, com acréscimo de R$ 1,343 a cada 100 kWh consumidos. Em maio, veio a bandeira vermelha patamar 1 e, nos três meses seguintes, foi adotada a bandeira vermelha patamar 2, cuja cobrança passou de R$ 6,243 em junho para R$ 9,492 em julho, em função do agravamento da crise hídrica. Essa crise fomentou a criação da bandeira Escassez Hídrica, que passou a valer em setembro e deve ser mantida até abril de 2022. Segundo o IBGE, a alteração na cobrança foi decisiva para o resultado do item no IPCA, em especial nos meses de julho e setembro.