A desenvolvedora de plataformas de gestão para refrigeração Diel Energia recebeu um aporte de R$ 10 milhões do Grupo Gera, que atua com comercialização e geração de energia renovável. O objetivo é ampliar as soluções de eficiência energética para equipamentos de climatização no país, com a startup expandindo suas operações no Brasil, passando de 5 mil para 30 mil dispositivos instalados no setor privado.
A parcela de consumo elétrico destinado à refrigeração em diversos segmentos pode corresponder a 60% até 80% do total da fatura de energia, sendo este o maior alvo de atuação da startup criada em 2018. Em média, o serviço promove uma redução de 15% no consumo dos clientes, podendo em alguns casos reduzir até 40% do total da fatura.
No último ano a empresa de inovação aberta registrou um crescimento de mais de dez vezes nos negócios, impulsionado pela maior busca por redução de custo na conta de luz e o consequente aumento de competividade no setor produtivo. Pandemia e a crise hídrica também colaboraram para esse quadro.
Segunda fase de expansão da startup criada em 2018 prevê 30 mil dispositivos instalados no país (Diel)
A Diel Energia afirmou que também planeja uma política agressiva para executar projetos-pilotos em grandes players do varejo nacional, além de promover mais melhorias na ferramenta e no software, como por exemplo a integração com sistemas de monitoramento já existentes, sendo possível monitorar qualquer tipo de máquina de ar-condicionado.
“Todas empresas com operação crítica que dependem do bom funcionamento do sistema de refrigeração possuem o desafio de aumentar a eficiência energética. Nesses casos é necessário que os equipamentos estejam sempre funcionando para o sucesso da operação, como é o caso de hospitais, clínicas e frigoríficos”, comenta o diretor e fundador da Diel Energia, Victor Arcuri.
Ele cita como exemplo as unidades de medicina diagnóstica, onde aparelhos como de ressonância magnética são extremamente sensíveis à temperatura e umidade. “A não conformidade da sua climatização pode levar à quebra da máquina e ao prejuízo no faturamento”, salienta.
Outro exemplo é a armazenagem correta de materiais coletados, como conservação de exames de sangue na temperatura entre 2°C e 8°C, sendo vital para o resultado correto do paciente, acrescentou Arcuri, ressaltando que para as grandes varejistas a enorme quantidade de equipamentos e uma operação ramificada tornam difícil a gestão e o controle do desempenho de cada unidade.
“Obter informações de forma isolada ou não ter acesso aos dados concretos podem levar a tomadas de decisão precipitadas, gerando maior consumo de energia e maior custo de manutenção”, finaliza.