A previsão de elevação dos investimentos da AES Brasil deverá desafiar a busca por desalavancagem da geradora. Essa é a previsão da agência de classificação de riscos Fitch Ratings sobre o aumento na previsão de aportes da companhia para 2021 a 2025 que passou de R$ 3,2 bilhões para R$ 3,8 bilhões. Segundo a agência, o impacto será mais concentrado em 2022.
Em sua análise, os novos contratos fechados para o Complexo Eólico Tucano devem trazer EBITDA incremental a partir de 2024. Com isso, o novo cenário do rating da AES Tucano Holding S.A. (Tucano II) e de sua primeira emissão de debêntures passa a considerar uma alavancagem líquida de 5,2 vezes em 2022 e de 3,9 vezes em 2023, com gradual decréscimo nos anos seguintes.
“O aporte de capital de R$ 360 milhões do Itaú Unibanco S.A. em uma subholding da AES Brasil será menos representativo na melhora da estrutura de capital da companhia, em razão do aumento dos investimentos”, avaliou.
Os novos contratos de compra de energia (PPAs) não estavam incorporados no cenário-base de rating da Fitch. “Todavia, o processo de desalavancagem do grupo, esperado para 2023, se mantém, ainda que mais vulnerável em caso de frustações na geração de caixa operacional esperada. O enquadramento da alavancagem líquida, medida por dívida líquida sobre EBITDA, abaixo de 4,5 vezes em 2023, permanece como fator-chave dos ratings”, afirmou.