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Após consolidar sua atuação em Minas Gerais e Rio de Janeiro, a integradora SolarVolt Energia anuncia sua chegada nos estados de São Paulo e Espírito Santo, mirando crescimento de 33% em 2022 e faturamento em torno de R$ 100 milhões. Para isso, aposta no desenvolvimento de projetos e soluções para geração solar distribuída e infraestrutura para recarga de veículos elétricos.

Em entrevista à Agência CanalEnergia, o sócio-fundador e diretor Comercial da companhia, Gabriel Guimarães, disse que a ideia é crescer de uma forma mais bem estruturada, buscando representantes comerciais ativamente nessas novas regiões para angariar projetos de maior porte, com foco em clientes comerciais, industriais, investidores de fazendas solares e outros ligados ao agronegócio.

“Esse ano será muito bom para o setor elétrico e principalmente para os investidores que querem colocar de pé os projetos de geração compartilhada, geralmente ligado a tíquetes e EPCs (engenharia, aquisição & construção) de usinas maiores”, afirma o executivo, citando que a recente regulação aprovada para o segmento irá aquecer ainda mais o mercado em 2022.

ABGD aponta 7 GW em potência adicional em micro e minissistemas de geração em 2022 (SolarVolt)

A empresa de engenharia oferece serviço de consultoria de ponta a ponta, incluindo atendimento e Customer Success (CS), pós-venda, comercial e financeiro. Possui mais de 1,7 mil projetos instalados e em operação, somando 70 MW em 11 estados brasileiros e mirando expandir essa capacidade em pelo menos 25 MW nesse ano. Em 2021 o faturamento atingiu R$ 65 milhões e as vendas R$ 78 milhões.

“Estamos muito confiantes em nosso crescimento sustentável, principalmente por ter clientes com instalações rooftop para autoconsumo, o que nos coloca como um dos principais players no Brasil para esse tipo de projeto”, destaca Gabriel, afirmando que a modalidade representa 80% da carteira, com o resto ficando para geração compartilhada.

Atualmente a maior usina implementada pela SolarVolt perfaz 1,5 MW de potência, tendo em seu pipeline no momento uma planta de 2 MW em construção e outra de 3,5 MW que deve iniciar o desenvolvimento nesse primeiro trimestre. Guimarães também aponta que a companhia irá focar em outras áreas de prestação de serviços que possui, como na realização de projetos executivos e algumas demandas de engenharia dos proprietários.

Para o diretor, a empresa criada em 2013 se diferencia da grande maioria da média do mercado, composto normalmente por corporações menores e de atuação mais regional. “Temos um time de engenharia robusto e um portfólio de clientes respeitável, o que nos dá confiança de buscar projetos maiores, com fôlego e capacidade financeira”, aponta.

Com 75 colaboradores e o escritório-sede em Nova Lima, bairro de Belo Horizonte, o plano agora é crescer com as representações comerciais para os outros estados mencionados, apostando também nas linhas de financiamento específicas e parcerias com bancos como Santander, Sicredi, BDMG, ABV Financeira, entre outras instituições financeiras aderentes ao desenvolvimento da energia solar.

Entre os principais clientes estão Banco Inter, BMW, CAOA (projeto de revestimento solar da fachada), Itaú, Localiza, Morumbi Shopping, MRV, Natura, Petrobras, Petronas, Shopping Jacarepaguá, Suggar, Tambasa, TOTVS e Unimed. “Não tem um segmento líder, visto a GD estar muito pulverizada. Temos clientes de todos os setores possíveis, desde shoppings a empresas de tecnologia, visto o custo da energia estar alto para todos”, comenta.

Na avaliação do sócio-fundador o principal desafio para o mercado fotovoltaico crescer no país nesse ano é um pouco do que aconteceu no último semestre 2021, com a instabilidade na cadeia global de fornecimento de equipamentos, tanto de logística como de custos. “Vamos ficar de olho também no câmbio nesse ano de eleições, o que imprimi uma volatilidade maior nessa questão”, indica.

Trabalhando com dois grandes parceiros na área de equipamentos, Weg e Canadian Solar, Gabriel afirmou que em linhas gerais os mais afetados pela crise foram os fabricantes de painéis, com incremento nos preços do silício policristalino, restrição de produção de energia na China que afetou a disponibilidade, além da questão cambial. “Não fosse esses pontos creio que o crescimento no ano passado poderia ter sido maior”, pontua.

Ainda segundo o executivo, o segmento cresce de forma acelerada, contudo há muito para evoluir quando comparado com outros países europeus. “Considerando o potencial dos níveis de insolação no país e a solução sustentável como um dos principais benefícios do produto, investir nesse mercado é algo extremamente promissor”, conclui Guimarães.

Projeto dispõe Filmes Fotovoltaicos Orgânicos (OPV) à fachada da CAOA em Anápolis (GO) (SolarVolt)

Soluções para mobilidade elétrica

Para além das usinas solares, outro foco da SolarVolt em 2022 recairá sobre o desenvolvimento de soluções destinadas ao mercado de mobilidade elétrica. O segmento começou a ser mais explorado pela empresa no ano passado, desenvolvendo alguns projetos-pilotos para clientes e vislumbrando uma nova unidade de negócio especializada em eletropostos e outras soluções para infraestrutura de recarga veicular.

“Já temos uma marca definida e estamos agora decidindo a identidade visual para o lançamento nesse ano”, adianta Gabriel Guimarães, afirmando que a ideia é aplicar a expertise e conhecimento da equipe de engenharia nessa nova área.

Ademais o executivo destacou que existem conversas bastante adiantadas com clientes tantos residências quanto comerciais para estações de recarga associadas a supermercados, estacionamentos e centros comerciais, além da parte de carregamento ultrarrápido, em iniciativas demandas por algumas distribuidoras de energia elétrica.