Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

O White Paper “Matriz elétrica do futuro: diversificada , dispersa e integrada”, produzido pelo Instituto Acende Brasil sinaliza que as mudanças que o setor elétrico vem passando nos últimos anos – que culmina com uma nova matriz – trarão importantes desafios. Um novo planejamento para o sistema aparece com força, devido a presença de novos riscos que devem ser avaliados. “Há mais incerteza quanto à dinâmica de evolução da carga e das alternativas de suprimento, o que demandará uma análise de cenários mais sofisticada, com ênfase na robustez das alternativas face as incertezas”, diz o relatório.

O estudo mostra que atualmente, grande parte da demanda do sistema é suprida por grandes centrais de geração conectadas à Rede Básica de transmissão. Esse cenário torna o planejamento da expansão mais fácil, já que permite a projeção do consumo de energia baseada em fatores como economia e perfil de consumo. Porém, como nos próximos anos a opção pela autoprodução de energia dos consumidores deve manter o crescimento, pode haver um descompasso entre a demanda global por energia e a demanda requerida do Sistema Interligado Nacional.

Sobre mecanismos do mercado, a avaliação é que são bons instrumentos para o aumento no número de agentes e na descentralização do suprimento de energia. Para que funcionem bem, a solução é que haja um retrato bem desenhado para ter uma precificação eficiente. A imprecisão na precificação pode levar a equívoco na tomada de decisão dos agentes, podendo acarretar e aumento de custos. Assim, o white paper recomenda o aumento na granularidade espacial e temporal do preço da energia e do uso da infraestrutura de transporte.

O relatório pede mais detalhamento da operação no processo de planejamento da expansão, avaliando a compatibilidade entre o perfil horossazonal da produção com o perfil horossazonal da carga. A compatibilidade entre o perfil da carga e o perfil de geração foi u outro ponto levantado, já que com o aumento das renováveis, em que em que o padrão de produção de energia elétrica é determinado pelo padrão estocástico do recurso energético, será preciso incorporar essa dimensão de forma mais intensa na tomada de decisão de investimentos em novas usinas de geração.

Outra sugestão é a que a contratação de energia deve ser feita por políticas tecnologicamente neutras para atender aos requisitos do sistema e a internalização das externalidades relacionadas aos gases efeito estufa deve ser buscada por meio da precificação dessas emissões. Outra necessidade detectada é e a de mudanças na regulação, para que as receitas dos agentes acompanhem a realidade operativa.

O alerta ao fim do estudo é que o setor já registrou muitos avanços nos últimos anos, mas que daqui para a frente as transformações serão aceleradas. Essa intensificação pede aperfeiçoamento nas regras, para que as mudanças se traduzam em benefícios e não em problemas para os consumidores.