A greve dos funcionários de Furnas, Cepel e da holding da Eletrobras, iniciada na última segunda-feira 17 de janeiro, começa a se expandir para as demais subsidiárias do grupo Eletrobras. Nesta quarta-feira, 20 de janeiro, os funcionários da Eletronorte da base Brasília, aprovaram durante assembleia greve a partir da zero hora do dia 24 janeiro. A greve teve 84% de aprovação. No mesmo dia 24, às 9h, será a vez dos funcionários da Chesf votarem pela paralisação por tempo indeterminado. A Assembleia será em frente à sede da empresa, em Recife (PE).

Assim como em Furnas, os funcionários da Eletronorte também miram a alteração no custo o plano de saúde como motivador para a greve. Segundo o Sindicato dos Urbanitários do Distrito Federal, também há questionamentos em relação ao pagamento da Participação nos Lucros e Resultados dos anos de 2017, 2018 e 2021, o cumprimento da isonomia salarial aos funcionários da Amazonas GT, escalas abusivas, redução do valor de diárias de viagem e a ausência de testes de Covid na empresa. Amanhã, o Maranhão também deve votar se adere a greve.

De acordo com Fernando Pereira, do Coletivo Nacional do Eletricitários, o movimento de greve no grupo está se intensificando. Para ele, quando a alteração nos custos do plano de saúde foi decidida, a resolução que a balizava, a CGPar 23, ainda valia e abrangia todas as estatais. Mas a partir do momento em que ela foi derrubada no Congresso, a Eletrobras insistiu em cobrar o percentual de 40%.

O sindicalista é mais um a criticar a falta de diálogo com a direção da estatal e o presidente Rodrigo Limp. Segundo Pereira, desde que assumiu o cargo, em maio de 2021, o executivo ainda não se reuniu com os funcionários da empresa. “Já solicitamos reuniões diversas vezes, mas ele nos ignora”, revela.