O mercado livre de energia encerrou 2021 com 5.563 novas unidades consumidoras, número recorde para o segmento, conforme levantamento divulgado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica nesta segunda-feira, 24 de janeiro. O ambiente de contratação conta hoje com 26,6 mil ativos de consumo, crescimento de 2,47 vezes nos últimos cinco anos.

Atualmente, o segmento representa 34,5% de toda a energia elétrica consumida no Sistema Interligado Nacional. Na avaliação do histórico de evolução, a CCEE constatou três fatores fundamentais para o avanço. O principal deles é a viabilidade financeira, já que buscando energia diretamente do fornecedor é possível negociar valores e flexibilidade contratual.

Outra vantagem econômica apontada é a previsibilidade orçamentária, uma vez que os consumidores podem adquirir eletricidade sob demanda. Soma-se a isso a questão ambiental, já que é cada vez maior a preocupação das empresas com a sustentabilidade e visto os consumidores poderem escolher de quais fontes querem contratar a sua energia nesse mercado.

No final de dezembro a CCEE entregou ao Ministério de Minas e Energia e à Aneel propostas de aprimoramentos regulatórios para que o país avance na abertura do mercado livre a mais consumidores de forma segura e equilibrada. Pelas regras atuais, apenas grandes consumidores, com demanda superior a 500 kW, podem acessar o segmento.