O Governo Federal, o Porto do Açu e a empresa GNA lançaram na tarde desta segunda-feira, 31 de janeiro, a pedra fundamental da termelétrica GNA II, que ofertará 1,7 GW de energia firme em ciclo combinado de gás natural. A cerimônia aconteceu na sede do complexo, no Porto do Açu (RJ), e contou com a presença do presidente da República, diversas autoridades do governo e executivos das companhias, entre outros convidados.

De acordo com o governo, a usina de R$ 5 bilhões e com previsão de iniciar a operação em 2024 será a maior e mais eficiente a gás natural do país, gerando energia suficiente para abastecer 8 milhões de residências. Junto a UTE GNA I, de 1,3 GW de potência, somará cerca de 3 GW de capacidade instalada para 14 milhões de unidades consumidoras. Para viabilizar sua implantação, GNA e BNDES assinaram em 2021 um contrato de financiamento no valor de R$ R$ 3,93 bilhões.

Autoridades e executivos lançam o marco oficial de construção da usina de quase 1,7 GW (Reprodução)

Para abastecer as usinas, está atracado no Terminal de GNL a FSRU BW MAGNA, embarcação com capacidade para armazenar e regaseificar até 28 milhões de m3 de gás por dia. O volume é superior às necessidades de consumo do parque termelétrico, o que possibilita novas oportunidades de negócios a partir do gás natural. Vale lembrar que a GNA possui mais 3,4 GW licenciados para uma futura expansão do parque termelétrico.

Também estão previstos cerca de R$ 1 bilhão para melhorias no acesso rodoviário ao Açu e a construção de uma ferrovia privada de 40 km para conectar o Porto do Açu à malha ferroviária nacional, possibilitando a criação de uma nova rota para a exportação da produção agrícola do país e o escoamento de gás natural para o interior.

Renováveis no Porto

Durante o evento, o diretor de Operações do Porto do Açu, José Firmo, disse que os investimentos representam “uma das maiores oportunidades de industrialização do país e a maior plataforma para desenvolvimento socioeconômico do Rio de Janeiro”. Ele também informou sobre a obtenção de uma licença junto Instituto Estadual do Ambiente (Inea) na última semana para construção de uma usina solar de 220 MW junto à petroleira Equinor.

“É o primeiro projeto renovável do Porto do Açu e que dobra de uma só vez a capacidade de energia limpa do estado”, pontuou, agradecendo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Rio de Janeiro pela parceria.

Ademais o executivo mencionou o recente decreto que viabiliza as eólicas offshore no país, afirmando que o Porto possui 2 GW de potencial no projeto Ventos do Açu, podendo ser também uma base para projetos dessa tecnologia no Brasil.