O consumo de energia elétrica no Brasil atingiu 500.209 GWh ao longo de 2021, crescimento de 5,2% na comparação com o ano anterior, informa a última Resenha Mensal da Empresa de Pesquisa Energética, divulgada na noite da última segunda-feira, 31 de janeiro.
Em dezembro a demanda subiu 2%, alcançando 42.937 GWh, sendo a melhor marca para o mês desde a série histórica da entidade, que acontece desde 2004. Comércio e indústria puxaram a expansão, com acréscimos de 6,7% e 2,9%. O mercado livre apresentou alta de 6,7% no período, enquanto o consumo cativo das distribuidoras retraiu 0,6%.
O segmento comercial registrou o maior valor de consumo desde abril de 2021, com destaque para os ramos de tecnologia da informação, transporte, serviços prestados às famílias e turismo. Todas as regiões registraram acréscimo na classe. Assim como ocorreu no mês anterior, Nordeste continua liderando a expansão com 13,3%, seguida pela região Sul (9,7%), Norte (6,0%), Sudeste (4,5%) e Centro-Oeste (2,9%)
Já na indústria o destaque ficou para o aumento de 9,7% no consumo da região Nordeste, com Alagoas crescendo 103%. Norte (6,2%), Centro-Oeste (1,9%), Sudeste (1,6%) e Sul (0,6%) completam o quadro de expansões. Sete dos dez segmentos mais eletrointensivos expandiram a demanda em dezembro, com produtos químicos na liderança, seguido por alimentícios e extração de minerais metálicos, alavancado pela retomada da atividade em Minas Gerais e Espírito Santo e pelo bom desempenho no Pará. As principais reduções foram para os setores Automotivo, Têxtil, e Metalúrgico.
Por sua vez a classe residencial retraiu o consumo em 1,7%, com o Sudeste diminuindo 5,5%, seguida pelo Sul e Centro-Oeste, com 1,6% e 0,9% negativos. Entre os motivos constam um maior volume de chuvas e temperaturas mais amenas. Já as maiores taxas de expansão foram registradas no Pará, Roraima e Amazonas, com 29,9%, 14% e 13,5% respectivamente.