O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou financiamento de R$ 655 milhões para construção de sete das 14 usinas eólicas do Complexo Ventos de São Vítor, nos municípios do semiárido baiano de Xique-Xique, Gentio do Ouro e Itaguaçu da Bahia. A capacidade instalada adicional será de 235 MW ante 465 MW de todo projeto, que quando concluído, até o final de 2022, deverá gerar energia suficiente para atender a mais de 1 milhão de unidades consumidoras.
O apoio do BNDES Finem será concedido a sete sociedades de propósitos específicos (SPEs) controladas pela Essentia Energia, plataforma de energia renovável do fundo de infraestrutura gerido pelo Pátria Investimentos. As SPEs vão implementar e operar as EOLs Ventos de São Vitor 1, 3, 7, 11, 12, 13 e 14), a cerca de 550 km de Salvador. O projeto tem como escopo maior a aquisição de 38 aerogeradores nacionais. As demais despesas envolvem principalmente obras civis.
Outro aspecto relevante é a geração de 1.200 empregos diretos durante a implementação dos parques, melhorando as condições de vida na região. Segundo estudos da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o índice de desenvolvimento humano de cidades que recebem projetos eólicos mostram crescimento médio 20% superior em comparação aos demais.
BNDES e energia renovável
Desde abril de 2020, o BNDES já financiou cerca de R$ 3 bilhões em projetos para construção de usinas eólicas no nordeste brasileiro. Em maio de 2021, o Banco apoiou a instalação de 14 novas usinas no Complexo Fotovoltaico Janaúba (MG). Em junho, o financiamento possibilitou dez parques somando 409,20 MW dos Complexos Eólicos Ventos do Piauí II e III, no Piauí e Pernambuco.
Em dezembro passado, foi a vez dos 14 ativos do Complexo Eólico Santo Agostinho (RN), que terá uma capacidade instalada total de 434 MW para cerca de 800 mil domicílios. A construção também deve empregar 900 trabalhadores locais e outros 80 postos serão criados após a conclusão das obras.