Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,

A agência de classificação de risco Fitch Ratings avalia que políticas energéticas da América Latina são vulneráveis ​​a uma maior influência da política ao ponto de afetar as tendências de crédito em todo o setor. A análise toma como pano de fundo as mudanças propostas pelo novo presidente do Peru e possíveis trocas de liderança após as eleições presidenciais deste ano na Colômbia e aqui no Brasil.

Esse peso da atuação política sobre o setor energético deve-se à relevância financeira que os royalties e impostos desse segmento tem para a receita geral dos governos na região. No Brasil, a Fitch estima que a Petrobras pagará cerca de US$ 65 bilhões a US$ 70 bilhões em dividendos entre 2022 e 2026, metade dos quais iria para o governo.

Segundo a Fitch, as mudanças regulatórias que afetam negativamente as operações das empresas e o fluxo de caixa devem ser mitigadas pelos altos preços do petróleo que impulsionaram a produção em 2021 e pelos melhores balanços das companhias.

No Brasil, aponta a agência, a política energética está se tornando uma parte fundamental da retórica da campanha que antecede as eleições de outubro, com o ex-presidente e potencial candidato Luiz Inácio Lula da Silva indicando que fará mudanças nas políticas de preços da Petrobras.

E acrescenta que as mudanças afetariam a Petrobras que tem rating BB–/Negativo. Os ratings e Perspectivas da empresa refletem sua vinculação soberana, já que a Perspectiva do Rating do Brasil é Negativa. Além disso, o Perfil de Crédito Autônomo (SCP) da Petrobras de ‘bbb’ reflete sua forte estrutura de capital, produção crescente e dívida em declínio.

“A interferência política pode afetar adversamente a geração de fluxo de caixa da empresa e a SCP”, aponta a Fitch.

Em geral, a agência afirmou esperar que a alavancagem do setor “permaneça bastante estável em 2022, apesar do aumento do risco político, após cair em 2021, uma vez que a dívida permanece relativamente estável e o fluxo de caixa é suportado pelo aumento da produção de petróleo e preços que excedem os custos médios de ciclo completo para a carteira de USD 38 por barril de óleo equivalente”.

E ainda que as empresas na América Latina estão preparadas para realizar fluxos de caixa saudáveis, ao aplicar o preço do petróleo Brent assumido pela Fitch de US$ 70/barril em 2022, US$ 60/barril em 2023 e, em seguida, uma média anual de longo prazo de US$ 53/barril.