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O ano de 2022 deverá ser marcado pela aceleração nas propostas de financiamento de sistemas solares fotovoltaicos tanto para comércio quando residencial. A estimativa é de que somente a Meu Financiamento Solar, spin-off do Portal Solar que tornou-se uma joint venture com o Banco BV, movimente R$ 12 bilhões neste período. Em 2021 a empresa registrou um aumento de 256% no volume de financiamentos e de 220% em propostas pagas no último ano.
Outro marco que a fintech registrou foi a marca de 1 milhão de consumidores atendidos. E a perspectiva, segundo a diretora comercial, Carolina Reis, é de continuar aumentando, uma vez que a plataforma credencia cerca de 700 novos integradores a cada mês.
Em entrevista à Agência CanalEnergia, a executiva conta que a crise hídrica de 2021 ajudou a impulsionar a modalidade, uma vez que a elevação das tarifas entraram no foco da imprensa. “O produto já se vende sozinho, pois ele não representa uma despesa extra para o consumidor mas o contrário, ajuda a reduzir uma conta que tende a aumentar mais ainda nos próximos anos”, comentou. “Com o novo marco legal da geração distribuída, esperamos dobra o volume de sistemas financiados”, revelou.
Ela toma como base o movimento de janeiro de 2022. Nos primeiros 15 dias, com o recrudescimento da pandemia, associado às férias o movimento foi mais lento. Contudo, relata que a segunda quinzena ‘voltou com tudo’ e o resultado surpreendeu com um volume elevado de propostas que ao longo do ano deverá ficar na casa de R$ 1 bilhão em média.
Entre os clientes que buscam financiamento predominam as instalações residenciais, com mais de 70%. No entanto, cada vez mais empresas buscam fontes renováveis de energia e, no último mês de novembro, relatou, 53% das consultas de crédito para sistema de energia solar foram feitas por pessoas jurídicas.
A diretora afirmou estar otimista mesmo com as pressões do dólar, já que os equipamentos são importados, e também da elevação da taxa Selic, que acaba encarecendo o financiamento ao consumidor na comparação quando a taxa básica de juros estava em patamares bem mais modestos.
Mesmo assim, o fato de ser registrado um forte crescimento é interessante porque acaba viabilizando uma maior concorrência. Com isso os custos não se elevam. Ela lembra que o número de distribuidores de equipamentos está aumentando no país e que isso é um fator que demonstra a confiança nesse mercado. “Não são apenas novos integradores que chegam estamos vendo o aumento de distribuidores em todo o Brasil, o que aumenta a competição”, destacou.
De um total de 27 mil integradores cadastrados na plataforma estão ativos cerca de 11 mil empresas que estão ativas. Esses integradores são os responsáveis por cerca de 80% das propostas recebidas na MFS. Os demais 20% são atribuídos ao consumidor final. Os tickets no segmento comercial, contou a executiva está na faixa de R$ 80 mil a 130 mil, já para o residencial a referência é a potência instalada do sistema que está na casa de 5 kWp.
Carolina explica que o marco legal da GD poderá resultar em uma elevação desses níveis no curto prazo. Isso porque a avaliação é de que a lei promove uma maior sensação de segurança para o investidor e também para a instituição financeira que empresta os recursos.