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Executivos de empresas de energia, serviços de utilidade pública e recursos naturais estão mais otimistas do que a média global em relação à melhora da economia mundial em 2022. Mas também estão preocupados com possíveis ameaças aos seus negócios, como no caso do avanço das alterações climáticas e ataques cibernéticos.
Os dados derivam da 25ª edição da Pesquisa Anual Global com CEOs da consultoria PwC, que ouviu mais de 4.400 executivos em 89 países no último trimestre do ano passado, com a participação dos líderes brasileiros crescendo de 2% para 4% nessa edição.
Segundo o documento, 80% dos executivos entende que haverá uma aceleração da economia global nesse ano, percentual que supera a média global que indicou um otimismo de 77% dos CEOs. Considerando os próximos três anos, a confiança da indústria segue com 57% de otimismo, enquanto 64% dos líderes no índice global acreditam na perspectiva de aumento das receitas das companhias.
“Há uma expectativa de avanço da economia global no pós-pandemia e como qualquer negócio envolve energia, quando a economia cresce o consumo energético é até maior, além dos países estarem revendo suas matrizes elétricas para diminuir a dependência do carvão”, disse o sócio da PwC, Ronaldo Valiño, em entrevista coletiva de apresentação do estudo.
Para ele, o setor petroleiro também nunca esteve tão otimista, visto as cotações estarem subindo e observando uma tendência mundial dos países saindo da pandemia para um acelerado crescimento econômico que exigirá mais combustível.
“A China depende muito ainda do carvão e a alternativa até as renováveis se estabelecerem por lá é usar o petróleo”, comentou. Entre os países que mais recebem investem no setor de energia, o relatório aponta para liderança dos Estados Unidos, seguido por Alemanha, China e Reino Unido, também acompanhando a tendência global de aporte de recursos nestes países.
Mudanças climáticas e riscos cibernéticos são maiores ameaças
Já quanto a possíveis riscos aos negócios, a pesquisa revela que as mudanças climáticas e a segurança cibernética estão entre as maiores preocupações dos CEOs do setor de energia elétrica, chegando a 52%. Depois aparecem riscos à saúde e instabilidade macroeconômica, com 39%, além de conflitos geopolíticos e desigualdades sociais, com 27% e 17% respectivamente.
Questionados sobre quais aspectos definem as estratégias corporativas a longo prazo e os bônus anuais, tanto executivos do setor quanto na avaliação global, as métricas de satisfação do cliente, de engajamento dos empregados e de automação e digitalização se destacaram em relação aos indicadores sociais e ambientais, como representação de gênero e raça, e metas de emissões de gases do efeito estufa.