A Shell e a Gerdau firmaram acordo vinculante para a formação de uma joint venture, com participação igualitária das duas empresas no negócio, para desenvolvimento, construção e operação de um novo parque solar em Minas Gerais, a ser construído em 2023, após ser tomada a decisão final de investimento. O acordo, que ainda depende de aprovação das condições precedentes, entre elas a aprovação das autoridades regulatória e concorrencial brasileira, estabelece as premissas para a atividade da joint-venture na geração e contratação de longo prazo para a aquisição de energia limpa.
O parque, que deverá ter capacidade instalada de aproximadamente 260 MWp, fornecerá 50% do volume produzido para unidades de produção de aço da Gerdau no Brasil, na modalidade de autoprodução, e a outra metade será negociada no mercado livre por meio da Shell Energy Brasil, a comercializadora de energia da Shell.
A parceria poderá viabilizar o desenvolvimento de aproximadamente um terço da capacidade total do parque solar. A Shell seguirá buscando outros clientes de longo prazo – como autoprodutores, por exemplo – para endereçar o volume remanescente do complexo. A iniciativa com a Gerdau está alinhada à estratégia global do Grupo Shell de oferecer soluções de energia limpa a clientes e avançar na descarbonização, representando mais um importante investimento na jornada pela transição energética.
Em 2021, o Grupo Shell firmou publicamente o compromisso global de atingir emissões líquidas zero até 2050, com a meta complementar de redução de emissões absolutas em 50% até 2030 em comparação a 2016. Para a Gerdau, a iniciativa também está alinhada ao compromisso da empresa de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa dos escopos 1 e 2 de seu inventário, para 0,83 t de CO₂e por tonelada de aço, valor 50% inferior à média global da indústria do aço. Hoje, a empresa possui uma das menores médias de emissão de gases de efeito estufa, de 0,93 t de CO₂e por tonelada de aço, quando comparada com a média global do setor, de 1,89 t de CO₂e por tonelada de aço, segundo os dados de 2020 divulgados pela World Steel Association (worldsteel).
De acordo com o diretor de Renováveis e Soluções de Energia da Shell Brasil, Guilherme Perdigão, a empresa está dando mais um importante passo na construção de um portfólio robusto em energias renováveis no Brasil, reforçando a diversificação dos nossos negócios, sempre em linha com o propósito de prover mais energia e de forma cada vez mais limpa. Para Juliano Prado, vice-presidente da Gerdau, este segundo parque solar em parceria com a Shell reforça o compromisso de reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa nos próximos anos no Brasil e no mundo, construindo um futuro mais sustentável para todos. A empresa também avalia oportunidades em energia eólica nas Américas.