A EDP concluiu na última segunda-feira, 7 de fevereiro, a compra da de 99,99% das ações da Celg T pelo valor corrigido de R$ 2,1 bilhões. A estatal foi privatizada em outubro do ano passado, quando a empresa portuguesa deu o lance vencedor de R$ 1,97 bilhão, vencendo concorrentes como Cymi, Isa Cteep e MEZ. Com a conclusão da operação, a transmissora passa a se chamar EDP Goiás.

Durante a cerimônia, o CEO da EDP do Brasil, João Marques da Cruz, lembrou que o estado de Goiás cresce mais que média do país, assim como o consumo de energia. “É um estado em que a EDP quer estar, por isso concorremos à privatização e ganhamos”, afirmou. Segundo ele, hoje a EDP Goiás é uma boa empresa, mas quer deixá-la ainda melhor. Cruz prometeu investimentos de R$ 200 milhões na EDP Goiás, mas ressaltou que gostaria que a empresa investisse mais no estado, especificamente em geração solar. “Temos soluções e experiência em outros estados do Brasil que podemos aplicar aqui em cooperação ativa com o governo do estado”, acrescentou.

Cruz, CEO da EDP, assina a compra da Celg T com o governador Ronaldo Caiado, ao fundo

Segundo o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), os recursos oriundos da privatização serão usados em prol da previdência estadual, isentando os aposentados da GoiásPrev que ganham até R$ 3 mil de contribuição previdenciária.

Um contingente de trabalhadores da Celg T foi deslocado para outras áreas do serviço estadual, enquanto outra ficou na transmissora e uma terceira parte foi deslocada para a CelgPar. Os ativos de geração da Celg, que também estariam na mira para a privatização, não têm previsão de venda.

No início do mês, a CelgPar, que agora administra as usinas da antiga Celg GT, anunciou a assinatura de um contrato para construção de uma usina fotovoltaica de 5 MW, no município de Cachoeira Dourada, na divisa entre Goiás com Minas Gerais. A energia será usada no sistema de compensação junto à distribuidora local para compensar o consumo pelos órgãos e secretarias de Goiás.