Os funcionários do Grupo Eletrobras decidiram suspender por 30 dias a greve iniciada no último dia 17 de janeiro e que abrangeu grande parte das subsidiárias do grupo. O principal motivo para a paralisação foi o aumento nos custos dos planos de saúde dos empregados. O valor pulou de 10% para 40% em 2022. A deliberação foi pela suspensão do movimento, mas com manutenção do estado de greve.

De acordo com o Coletivo Nacional dos Eletricitários, houve uma orientação do ministro Alexandre Agra Belmonte, do Tribunal Superior do Trabalho, para as partes reabrirem a negociação nos próximos 30 dias, de modo a estabelecer uma solução sobre os custos do plano de saúde. Belmonte é o relator das ações do Plano de Saúde do Acordo Coletivo de Trabalho 2020/2022.

Segundo Emanuel Torres, da Associação dos Empregados da Eletrobras, há a expectativa que com a orientação do TST, a diretoria da Eletrobras abra um canal de negociação efetivo com os representantes sindicais. Esse caminho  não havia acontecido até então. Caso após esse prazo as partes não cheguem a um acordo, o TST fará uma audiência de conciliação. A greve teve início na holding da Eletrobras, Furnas e Cepel, se expandindo par o restante do grupo.

Na Chesf, a suspensão da greve foi decidida em assembleia no dia 1º de fevereiro. Já os funcionários de Furnas optaram por suspender a paralisação na segunda-feira passada, dia 7 de fevereiro, enquanto na Eletronorte, a mesma decisão veio um dia após.