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Além da interrogação em relação ao valor do déficit da bandeira escassez hídrica em abril, as distribuidoras calculam que terão custos adicionais que estarão fora do empréstimo em negociação pelo governo. Esse montante pode ser de pelo menos R$ 7 bilhões até o termino do primeiro quadrimestre de 2022. São valores resultantes de despesas como o aumento da energia das usinas nucleares Angra 1 e 2, o déficit da Conta de Desenvolvimento Energético no ano passado e a diferença de aumento do Proinfa.

Só nos quatro primeiros meses desse  ano, a estimativa é de que as despesas vão somar R$ 4,2 bilhões. O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia, Marcos Madureira, destaca, porém, que desde o ano passado as empresas já vinham arcando com custos financeiros elevados da chamada Parcela A da tarifa, que inclui todos nos gastos não gerenciáveis, como compra de energia, por exemplo.

Em outubro de 2021, a CVA, que é a conta que registra as variações nos valores desses itens, era da ordem de R$  2,4 bilhões.

A Abradee promoveu nesta quinta-feira, 10 de fevereiro, reunião  representantes dos conselhos de consumidores e da Agência Nacional de Energia Elétrica para discutir os efeitos da crise hídrica. A reunião, segundo Madureira, foi uma iniciativa da associação para levar informações e esclarecimentos aos conselheiros sobre a necessidade da operação de crédito que vai amortecer o impacto tarifário diluindo o custo da crise nos anos seguintes.

O esforço era para explicar que a arrecadação da bandeira escassez hídrica não foi suficiente para bancar os custos adicionais da crise energética, esclarecendo também quais foram os itens dessa equação.

O executivo reforçou que uma parte dos R$ 5,6 bilhões estimados pela Aneel para o empréstimo são de custos já conhecidos. A variável para saber o valor definitivo é o saldo da conta bandeiras, cujo déficit vai depender da quantidade e do tipo de termelétrica despachada nos próximos meses.

A Aneel estima o rombo da conta em R$ 1,5 bilhão. “Nosso entendimento é de que o valor pode não ser ser esse. (…) A gente sabe que muitas vezes, por razões operativas, não se consegue despachar a térmica A e tem que despachar a B “, pontuou ele.