A Neoenergia está apoiando um projeto para restauração de parte da caatinga, único bioma totalmente brasileiro e marcado por um histórico de degradação. Em parceria com a Associação Caatinga e professores e pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), foi realizado o plantio de duas mil mudas na Floresta Nacional de Açu (RN).

Segundo a companhia, a ação foi executada com novas técnicas que podem aumentar a sobrevivência das espécies transplantadas, como o desenvolvimento de grandes raízes, a utilização de plantas herbáceas para cobertura de solo e a inoculação de fungos. O projeto integra o BrazilDry, um experimento iniciado em 2016 na UFRN. Além disso, faz parte de uma rede internacional, a TreeDiv, voltada a testar como a diversidade e a composição de espécies podem regular o funcionamento dos ecossistemas.

A pesquisa brasileira levou ao desenvolvimento de uma técnica de plantio com 1 metro de comprimento de raiz, o que aumentou em 75% a sobrevivência dos transplantes. Foram 1.030 mudas plantadas em novembro de 2021 como reposição desse estudo, bem como 970 mudas em dezembro, em outro teste iniciado para analisar a manipulação de cobertura de solo com uso de plantas herbáceas facilitadoras e de inoculação de fungos micorrízicos arbusculares. Os resultados do novo estudo serão monitorados no primeiro semestre de 2022.

Também foram realizadas coletas de amostras para análises químicas do solo da região do experimento, com o objetivo de relacionar a fertilidade e a salinidade da região com a sobrevivência dos transplantes. O intuito é de compreender as formas mais efetivas de restaurar a caatinga. O bioma está presente em nove estados – Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais – com 932 espécies de plantas.

Outra ação empreendida foi um curso online de Restauração, abordando temas como plantação adequada, as melhores espécies e áreas prioritárias para a conservação e restauração da caatinga. Ao seu final mais de 90 gestores públicos e tomadores de decisão federais, estaduais e municipais foram capacitados.