A Engie Brasil Energia reportou lucro líquido ajustado de R$ 2,369 bilhões no ano passado, 11,8% menor que o obtido em 2020. No quarto trimestre, o resultado ficou em R$ 808 milhões, queda de 26,2% sobre igual período anterior. Sem ajustes, o lucro líquido da empresa ficou em R$ 78 milhões no trimestre, 92,4% a menos, e em R$ 1,565 bilhão no ano, 44% menor.

O lucro foi afetado pelo reconhecimento de efeitos não recorrentes, líquidos de imposto de renda e contribuição social com impacto negativo de R$ 915 milhões. Além disso, as despesas financeiras cresceram R$ 1,1 bilhão no ano.

A receita operacional líquida da Engie chegou a R$ 12,541 bilhões em 2021, com alta de 2,3%. Já no último trimestre do ano passado, a receita líquida alcançou R$ 2,769 bilhões, 26,5% menor que no ano anterior.

O ebtida ajustado da empresa somou R$ 2,248 bilhões no quarto trimestre, 5,8% a menos que em 2020. No acumulado do ano, o ebtida ajustado ficou em R$ 7,217 bilhões, 12,3% a mais que no ano anterior.

A produção bruta de energia caiu 15,1% no trimestre para 3.930 MW médios. Mas no ano, a produção cresceu 8,1% para 4.328 MW médios. O preço líquido médio de venda alcançou R$ 185,96/MWh no trimestre, com queda de 2,6%. Contudo, no ano, o preço médio ficou em R$ 202,94/MWh, com alta de 4,9%.

A empresa investiu R$ 3,407 bilhões no ano passado, sendo R$ 3,072 bilhões na construção de novos projetos de geração e transmissão. A Engie tem uma dívida líquida de R$ 14,612 bilhões, valor 24% maior que o registrado no fim de 2020.

O Conselho de administração da empresa aprovou ainda a distribuição de dividendos intermediários de R$ 638,7 milhões a serem pagos em 17 de março. O conselho aprovou também o pagamento de dividendos complementares de R$ 549,8 milhões, neste caso, a proposta deve ser aprovada pela assembleia geral ordinária, que vai definir as condições de crédito e pagamento. Com isso, a empresa deve acumular um pagamento aos acionistas de pouco mais de R$ 2 bilhões.