A Engie Brasil Energia planeja participar dos leilões de transmissão este ano. Em teleconferência de resultados realizada nesta terça-feira, 15 de fevereiro, o diretor presidente da EBE, Eduardo Sattamini, revelou que a atuação no segmento traz estabilidade, está no foco e diversifica os negócios. De acordo com ele, a participação do player de origem belgo-francesa no certame está condicionada ao retorno financeiro que o lote trará. “Vamos estar [nos leilões] sim, mas esperamos que o comportamento seja mais racional”, explica.
De acordo com o executivo, nos últimos anos os leilões de transmissão aconteceram sob bastante competição, considerada por ele como cíclica, assim como já ocorreu com os leilões de geração. Sattamini lembrou que o próximo leilão terá lotes que não foram implantados por conta de players que com lances agressivos não conseguiram executar os projetos. “Agressividade tem limite. Temos que fazer com que o bid seja sustentável e que as empresas levem adiante as linhas e as entreguem”, avisa. Em dezembro do ano passado, a Engie chegou a participar do leilão de LTs, mas não arrematou nenhum lote.
O projeto Gralha Azul, no Paraná, ao fim do quarto trimestre de 2021 tinha 98,7% de implantação. São 15 linhas com cerca de 1.000 km e cinco subestações. 6 linhas de transmissão já estão energizadas: Cerca de 6,5% da Receita Anual Permitida foi efetivada em dezembro de 2021 e a operação comercial do resto dos grupos de instalações de transmissão – que permitirão o recebimento de aproximadamente 95% da RAP do projeto – está prevista para o primeiro trimestre de 2022.
Já o outro projeto, Novo Estado, no Tocantins e Pará, no final de 2021 tinha progresso geral da obra em 91,5%. A LT Serra Pelada – Miracema tem previsão de entrada em operação no primeiro trimestre desse ano, atingindo cerca de 50% da RAP até abril. A operação completa acontece no fim de 2022.