A Fundação Estadual de Proteção Ambiental do Rio Grande do Sul (Fepam) emitiu a licença de instalação para a termelétrica de 1,2 GW a gás natural do Grupo Cobra, assim como a licença prévia para produção de gases industriais para implantação de uma Estação Onshore de Recebimento, Armazenamento e Regaseificação de Gás Natural Liquefeito (GNL) da Regas Brasil Sul, do Grupo Bolognesi, com ambos ativos previstos no Porto de Rio Grande.

Orçado em R$ 6 bilhões e com atendimento previsto a aproximadamente 30% da demanda elétrica do estado, o projeto foi adquirido em 2014 pelo Grupo Bolognesi em leilão federal. A empresa tinha até janeiro de 2019 para iniciar a operação da usina no porto gaúcho, mas acabou não cumprindo o prazo e perdendo a outorga concedida pela Aneel. Em 2018 o grupo espanhol entrou na justiça e obteve a outorga de exploração.

A presidente da Fepam, Marjorie Kauffmann, afirmou que a emissão das licenças, validas até 2027, representam um divisor de águas para o Rio Grande do Sul. “O tempo da avaliação foi dado pela necessidade e complexidade dos empreendimentos. Além de manter o costumeiro rigor, tivemos ganhos ambientais indiretos, como a instalação de duas estações de monitoramento de qualidade do ar no município de Rio Grande”, complementou.

O prefeito da cidade, Fábio Branco, garantiu que os empreendimentos resolverão o problema da falta de gás, além de serem importantes para aumentar as atividades do porto e o desenvolvimento da região. “Rio Grande passará a ser a porta de entrada do desenvolvimento por meio de uma nova matriz energética, aproximando o estado da autossuficiência em energia”, concluiu.