A Elera Renováveis, geradora do grupo canadense Brookfield Asset Management, concluiu a venda de 100 mil certificados de energia renovável (I-RECs) à Lumen Technologies, um dos maiores grupos globais de tecnologia empresarial, com atuação em mais de 60 países. A transação, na prática, legitima que a eletricidade consumida pelos complexos de data centers que a plataforma internacional opera no Brasil provem integralmente de fontes renováveis.
Ao optar por formalizar essa garantia, sinalizando cumprimento de compromissos ambientais assumidos em escala mundial, a Lumen Technologies tornou-se a primeira companhia do setor no Brasil a comprovar o uso de energia limpa em seus serviços de processamentos digitais prestados a clientes de vários segmentos do mercado local. A empresa possui instalações distribuídas em quatro parques, num total de 20 mil m² de área, localizados estrategicamente em São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. Em termos mundiais, são, ao todo, mais de 350 complexos.
Cada I-REC, aqui no Brasil emitidos pelo Instituto Totum, representante oficial da I-REC Standard, entidade internacional que controla esse sistema de certificação, equivale a 1 MWh (Megawatt-hora). A venda realizada pela Elera Renováveis garante à Lumen Technologies a comprovação, portanto, de um total de 100 GWh (Gigawatts-hora) de origem limpa, o suficiente para cobrir dois anos de consumo de eletricidade.
“A Lumen Technologies pode comprar diversos tipos de certificados, mas, aqui no Brasil, o que tem melhor custo-benefício é o I-REC. É o certificado que cumpre uma série de compromissos de sustentabilidade em GHG Protocol”, explica Natascha Padis, diretora Comercial e de Marketing da Elera Renováveis. Segundo a executiva, a transação entre as duas companhias pode, inclusive, ser verificada no site do Instituto Totum, que divulga publicamente as operações de compra e venda.
No caso da Elera Renováveis, os I-RECs são emitidos com base nas certificações de uma usina hidrelétrica e de cinco usinas eólicas. O principal diferencial de venda por parte da geradora do grupo Brookfield, avalia Natascha Padis, se dá pelo atendimento prestado ao cliente e pelas condições mais flexíveis oferecidas na negociação. “Como é algo ainda novo no mundo mas especialmente no Brasil, nem todo mundo domina, e os executivos da Lumen se sentiram seguros em fechar o contrato conosco porque pudemos explicar claramente todos os detalhes do negócio ao ‘board’ da companhia e assim liberar os recursos necessários para a aquisição dos I-RECs”.
A diretora da Elera Renováveis afirma que é um momento favorável para a oferta de I-RECs, porque o mercado agora está mais comprador. Até porque os próprios clientes dos potenciais compradores de certificados vêm cobrando posturas ambientais mais claras e efetivas das empresas com as quais se relacionam comercialmente. “E temos muita possibilidade de certificação dentro de casa. Por isso queremos dar um pouco mais de publicidade a este tema. Estamos programando um leilão, justamente para divulgar às empresas que estão fazendo cotações e assim dar maior visibilidade e oportunidades a esses compradores.”
Ainda segundo a executiva, a Elera Renováveis conta atualmente com 44 usinas hidrelétricas, além de usinas eólicas e a biomassa, com um complexo solar a caminho. Ela calcula que menos de 5% desse portfólio estão certificados. Além disso, Padis lembra que a empresa tem um plano de investimento, iniciado em 2020, que contempla desembolso de R$ 5 bilhões. “A Elera Renováveis está dobrando de tamanho e 100% das usinas serão certificadas”, garante.
“Há algum tempo estamos buscando meios de atingir metas de sustentabilidade e por isso temos comprado energia limpa no mercado. A Elera apareceu como uma empresa que pôde nos ajudar aí, principalmente nessa questão de certificação”, aponta, por sua vez, o diretor de Operações da Lumen, Alexandre Simcsik.
Segundo o executivo, a relação com a geradora é recente e possibilitou que a empresa se tornasse a primeira da sua categoria no Brasil e na América Latina a ter certificação de origem da energia consumida nos seus complexos situados em São Paulo, Paraná e Curitiba. Para se ter uma ideia do volume de energia que as instalações da Lumen demandam, somente a unidade de São Paulo, que fica na cidade de Cotia, possui uma subestação elétrica com capacidade de 20 MW (Megawatts), atendida por duas linhas de 88 kV (quilovolts).
Sobre a motivação da Lumen pela compra de certificados, de acordo com Alexandre Simcsik, há uma soma de fatores. De um lado, a empresa está procurando se tornar mais sustentável, reforça, no entanto, há também uma manifestação, cada vez mais intensa, por parte de clientes quanto a exigência de certificações. “Hoje a certificação é uma vantagem competitiva, mas, em breve, isso vai ser tornar um item obrigatório no fechamento de negócios. Ou seja, vai aparecer nos editais de concorrência”, prevê.
Simcsik informa que a operação brasileira avançou primeiro nesse trabalho, mas que já há processos semelhantes em andamento da Lumen em outros países da America Latina, como Chile, Peru e Colômbia, numa iniciativa que inclui metas que ele considera bem agressivas. Esse movimento também é alimentado pelo fato de que, como a empresa vem expandindo mundialmente suas operações e instalações, o consumo de energia cresce à razão de 5% a 8% ao ano. No complexo Cotia, exemplifica, quase todo ano são anexados mais espaços para acomodação de novos equipamentos próprios e de clientes, atendendo à crescente demanda nacional por serviços de tecnologia da informação. “A ideia da Lumen é sair na frente e ser reconhecida no mercado como uma empresa que busca sustentabilidade”, finaliza.
(Nota da Redação: Conteúdo Patrocinado produzido pela empresa)