O almirante Anatalício Risden Junior assumiu nesta terça-feira, 22 de fevereiro, o cargo de diretor geral brasileiro da Itaipu Binacional. Ele ocupava o cargo de diretor financeiro executivo da metade brasileira da central de geração. A cerimônia de posse foi realizada em Brasília, no Itamaraty, e contou com a presença da cúpula do setor elétrico como um todo.

Bacharel em Ciências Navais, com especialização em Intendência para Oficiais, o Almirante Risden tem pós-graduação em Administração Financeira pela Escola de Pós-graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Também tem mestrado em Ciências Navais e doutorado em Altos Estudos de Política e Estratégia – Marítimas.

De 2015 a 2019, atuou como consultor da Fundação Getúlio Vargas. Em 2018, compôs a equipe econômica de transição do governo Bolsonaro. O almirante Risden assumiu o cargo de diretor financeiro executivo da Itaipu Binacional em 26 de fevereiro de 2019.

Em seu discurso, o novo diretor geral afirmou que continuará com a gestão que vem sendo desenvolvida com foco nas obras como na modernização da subestação e linhas de corrente contínua de Furnas, e ainda, na construção da segunda ponte entre o Brasil e o Paraguai. Além disso, ressaltou sua ligação com a cidade de Foz do Iguaçu e o caráter de desenvolvimento econômico e sustentável da usina.

Um dos pontos mais aguardados pelo setor elétrico em relação à usina binacional, a revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu foi citado pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Ele ressaltou que essa ação é realizada em um contexto positivo. E que os dois sócios do empreendimento serão beneficiados com essa revisão do acordo.

“Brasil e Paraguai se beneficiarão pela primeira vez, da geração de energia de Itaipu sem o pagamento de custos que já representaram mais da metade do preço da energia dessa empresa”, destacou em seu discurso o ministro. “No Brasil, temos nos preparado tecnicamente para essa revisão desde o início do governo atual, e o MME tem feito isso em estreita coordenação com agentes e consumidores e especialmente com o Ministério de Relações Exteriores”, acrescentou ele.

Segundo Albuquerque a solução que é trabalhada visará ser favorável aos dois países. E sinalizou ainda que essa energia, trazendo ao contexto nacional, chegará em um momento em que o setor passa por um processo de modernização onde em poucos anos os consumidores de energia poderão acessar o mercado livre, que hoje representa cerca de um terço do consumo.

E ressaltou ainda que o governo vem trabalhando para oferecer segurança energética com a contratação de novas capacidades de geração, principalmente de fontes eólica, solar e de PCHs.