Os acionistas da Eletrobras aprovaram os 12 itens da pauta que se refere à privatização da empresa. O encontro foi realizado de forma virtual na tarde da terça feira e se estendeu até meados da noite de ontem. A assembleia durou cerca de 5 horas até ser concluída e o comunicado com as deliberações ser publicado.
Autorizar todos os itens era parte fundamental para que o processo fosse colocado adiante. Um dia antes a Eletrobras apresentou os votos dados pelos acionistas à distância, que deram ampla margem de tranquilidade à meta de continuar o processo de privatização.
Entre eles está a emissão de ações ordinárias sem a participação da União, o que levará à perda do controle na estatal, o pagamento de cerca de R$ 26 bilhões em outorga para as usinas que serão renovadas e mais outros R$ 32 bilhões recolhidos para a CDE.
Enquanto a votação a distância foi tranquila, na AGE o encontro foi marcado por interrupções que duraram horas e segundo fontes que acompanhavam a reunião, por conta de um acionista que mostrou-se contrário à privatização. A paralisação ocorreu para que houvesse a resposta a questionamentos. Mas, ao final houve a aprovação como o governo esperava.
A meta ainda continua sendo a de realizar a operação até 14 de maio. Agora há uma nova rodada de avaliação do TCU, a aprovação da modelagem do BNDES e a precificação das ações da empresa, um assunto que determinará o sucesso da venda ou não.
No pregão de ontem na B3 as ações ordinárias da empresa (ELET3), classe de papeis que serão emitidos nessa operação, encerraram valendo R$ 34,11, alta de apenas 0,74%. A máxima de ontem tinha sido de pouco mais de R$ 34,80 por ação. A desaceleração ocorreu ao longo da tarde de ontem.
Há instantes os papeis ordinários da Eletrobras estavam sendo negociados a R$ 34,79, alta de 2% ante o fechamento anterior, na abertura do dia chegaram a alta de 3%. Já as ações preferenciais (ELET6) eram negociadas a R$ 34,37, alta de 2,14%.