Após um 2020 marcado pelos impactos negativos da pandemia e um 2021 que sinalizou o início da retomada econômica, com a recuperação gradual de alguns setores, o consumo de energia elétrica no mercado livre apresentou crescimento de 2,16% em relação a dezembro, aponta o Índice Comerc, que avalia a demanda pelos 11 principais setores da economia.

Em janeiro, sete ramos registraram aumento no consumo em comparação ao mês anterior – com destaque para Têxtil, Couro e Vestuário, com 12,02% e Eletromecânica e Materiais de Construção, com 11,42% e 6,47% respectivamente. O resultado é corroborado pelas análises do Fundo Monetário Internacional (FMI), as quais indicam aumento entre 0,8% e 1,9% para a economia brasileira.

Na avaliação da Comerc o último trimestre do ano passado teve leve retração impactada pela escassez ou o alto custo das matérias-primas, crise hídrica, alta do dólar e da inflação. Apesar da demanda por energia no último mês estar dentro da margem histórica, quando o cenário de instabilidade dos últimos dois anos é considerado, afirma a empresa, o recente acréscimo pode ser visto de forma positiva.

Na contramão dos segmentos que registraram aquecimento no consumo energético em janeiro, destacam-se negativamente os setores Alimentos, com 0,30%, Manufaturados, 1,01%, Embalagens, 1,27% e Comércio e Varejista, com desaceleração de 1,71%. O levantamento levou em conta cerca de 3.200 unidades de consumo pertencentes a mais de 1.525 empresas que compram energia elétrica no mercado livre.