O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico autorizou o despacho térmico fora da ordem de mérito para atendimento à região Sul, mas estabeleceu limite de até 8 mil MW médios, considerando a geração térmica total das usinas despachadas pelo Operador do Sistema e eventual importação de energia da Argentina e do Uruguai. Em ambos os casos, o Custo Variável Unitário do empreendimento não poderá ultrapassar R$ 375,66/MWh.

A decisão aprovada em reunião extraordinária nesta quinta-feira, 24 de fevereiro, vai valer a partir da próxima semana operativa, que se inicia neste sábado, 26.

O CMSE estabeleceu, na prática, uma redução no uso de energia termelétrica, em razão da melhora significativa nas condições dos principais reservatórios do Sistema Interligado.

Com as chuvas verificadas nos últimos meses, especialmente nas bacias das regiões Sudeste e Centro-Oeste, e as ações de recuperação dos reservatórios, o armazenamento equivalente do sistema atingiu 60,9% na ultima terça-feira (22), superando as estimativas do ONS. Os ganhos ficaram na faixa entre 0,4 ponto percentual e 5,8 p.p., entre o melhor e pior cenário projetados no mês anterior para o final de fevereiro, segundo nota do Ministério de Minas e Energia.

Com a manutenção de condições hidrológicas desfavoráveis na região Sul, ocorreu, no entanto, a deterioração dos reservatórios nas bacias dos rios Iguaçu e Uruguai. Para preservar os armazenamentos, o comitê autorizou o ONS a “maximizar o intercâmbio de energia elétrica” usando o despacho de térmicas fora da ordem de mérito no subsistema Sudeste/Centro-Oeste com essa finalidade, caso necessário.

Também serão despachadas usinas nessa condição no subsistema Sul, podendo ser feita ainda importação de energia dos países vizinhos.