O consumo consolidado de energia elétrica entre os mercados cativo e livre do Grupo Energisa chegou a 3.115,8 GWh em janeiro, aumento de 2,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior, sendo a maior taxa para o mês desde 2019, informa o último boletim da companhia. As classes residencial e comercial puxaram mais de 73% da alta no mês. Clima quente, maior calendário de faturamento e retomada de atividades presenciais foram os principais fatores que impactaram no resultado das classes em evidência.
Oito das 11 distribuidoras apresentaram elevação na demanda por energia em suas áreas de concessão. Os crescimentos mais expressivos foram verificados em Rondônia, que com 12,6% teve o melhor incremento em nove anos, além de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A classe residencial subiu 3,4%, sendo uma das principais responsáveis pela alta no consumo mensal.
Os comércios registraram alta de 5,4%, com os maiores crescimentos de 6,6% no Mato Grosso, que teve a maior alta em 7 anos, além de Mato Grosso do Sul com 7% e Rondônia com o maior crescimento em 10 anos. Influenciaram, principalmente, os movimentos de retomada das atividades presenciais em conjunto com bases baixas de comparação no ano passado, em função das restrições sanitárias em 2021.
O segmento industrial também apresentou aumento no consumo, subindo 2,4%, principalmente, pelas concessões no Mato Grosso, beneficiada sobretudo pelo segmento de alimentícios, e Rondônia, com destaque para atividade de frigoríficos. A classe outros também teve aumento, no caso de 1,6% impactada pela retomada das atividades pelo poder público.
Em contrapartida a demanda energética da classe rural registrou uma redução de 5,6%, explicado pela alta base de comparação, recuo em algodoeiras no Mato Grosso, além de fortes chuvas com alagamentos e recuo em irrigantes na Paraíba, Sergipe, Tocantins e Minas Gerais.