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O hidrogênio verde terá um papel fundamental na transição energética. Essa é a avaliação de Fernando de Lapuerta, Country Manager da Statkraft no Brasil. O executivo participou da Conferência Internacional Low Emissions Scenario, realizada nesta quarta-feira, 2 de março. Para o executivo, o H2 verde será importante por ser capaz de suprir os usos onde a eletrificação não for competitiva ou rentável na comparação com os combustíveis fósseis, como nos transporte pesados, por aviões ou barcos.
Ele deu como exemplo um barco do Rio de Janeiro para Oslo movido a eletricidade, em que seriam necessários outros três barcos adicionais com baterias. “Mostra que a eletricidade não é objetiva nesse caso, não é viável”, explica. Segundo ele, o hidrogênio entra em casos como esses e também vai ajudar na intermitência das renováveis. O insumo não teria uma participação relevante na matriz, ficando em torno de 10%, mas teria um papel de reduzir a temperatura estipulada em acordos internacionais, considerados fundamentais. Ainda segundo ele, o custo do energético ainda é alto, mas disse que tem observado queda ao longo dos anos.
A Statkraft é uma das maiores produtoras de energia renovável na Europa. No ano passado, a empresa adquiriu uma empresa de energia solar, o que potencializou negócios na área, além de ter concluído o maio parque eólico da Europa.
No Brasil, controla 18 ativos de geração renovável com cerca de 450 MW de potência instalada. A empresa também constrói um dos maiores complexos eólicos da América Latina, o Ventos de Santa Eugênia, localizado na Bahia, com cerca de 600 MW. A usina deve gerar quase 2,3 TWh de energia renovável por ano, o suficiente para abastecer 1,17 milhão de residências. “A empresa passa por um momento crucial nessa luta contra a mudança climática e assume um papel de liderança.”, discursou.