A AES Brasil fechou 2021 com lucro líquido de R$ 516,5 milhões, queda de 39% em relação a 2020, quando embolsou R$ 848 milhões. A companhia apresentou suas demonstrações financeiras na noite da última quinta-feira, 3 de março, reportando receita líquida de R$ 2,5 bilhões, alta de 25%, e EBITDA de R$ 903,9 milhões, mostrando recuo de 56,3%.
Por sua vez a dívida líquida da companhia atingiu mais de R$ 3,9 bilhões, subindo 21,2% na comparação anual e com alavancagem de 3,95x. Custos e despesas operacionais também cresceram, numa taxa de 18,2% para R$ 402,4 milhões no período. Por outro lado a margem líquida diminuiu 45,7%, ficando em R$ 1,3 bilhão.
No quadro de geração de energia, a fonte hídrica caiu 33,2% em função de uma das piores crises que o setor elétrico passou em 2021. As eólicas por sua vez aumentaram em 45,5%, seguida pela solar, que teve incremento de 2,8% em sua produção.
Como parte da estratégia de gestão de risco do portfólio, a geradora realizou operações de compra de energia com o objetivo de reduzir seu nível de contratação em 2021 e 2022 e, consequentemente, seu nível de exposição ao GSF segundo estimativas de evolução do cenário hidrológico após o período úmido frustrado no último ano. Assim o nível de contratação hídrica anual do portfólio foi readequado para 73% em 2021 e 72% em 2022.
Em contrapartida a empresa afirma que a estratégia do time comercial está focada em elevar o nível de contratação para os anos de 2023 em diante, com PPAs de longo prazo e maior atratividade dos preços de contratação. Neste cenário, o nível de contratação dos ativos hídricos para os anos de 2023 a 2025 é de 60%, 65% e 38%, respectivamente.