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A Ucrânia informou à Agência Internacional de Energia Atômica que a Usina Nuclear de Chernobyl foi desconectada da rede elétrica e perdeu o fornecimento de energia externa, duas semanas após as forças russas assumiram o controle do local. O diretor-geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi, demonstrou preocupação com a situação, já que o “fornecimento seguro de energia externa da rede para todas as instalações nucleares” era um dos sete pilares de segurança e proteção nuclear enumerados por ele em reunião da agência convocada para abordar as implicações de segurança e proteção da situação na Ucrânia.
No caso de Chernobyl, Grossi concordou com o regulador ucraniano que sua desconexão da rede não teria um impacto crítico nas funções essenciais de segurança no local, onde estão localizadas várias instalações de gerenciamento de resíduos radioativos. No entanto, é provável que a falta de energia leve a uma maior deterioração da segurança operacional contra as radiações no local e crie estresse adicional para cerca de 210 especialistas técnicos e guardas que não puderam fazer rodízio nas últimas duas semanas.
De acordo com Grossi, a cada dia há uma situação cada vez pior na central nuclear, especialmente para a segurança da radiação e para a equipe que gerencia a instalação em circunstâncias extremamente difíceis e desafiadoras. Grossi disse ainda que a AIEA nos últimos dias perdeu a transmissão remota de dados de seus sistemas de salvaguardas instalados para monitorar material nuclear na central nuclear de Chernobyl e outra usina nuclear ucraniana agora controlada pelas forças russas, a central nuclear de Zaporizhzhya. O motivo da interrupção na transmissão de dados de salvaguardas não ficou imediatamente claro. A AIEA continua a receber esses dados de outras instalações nucleares na Ucrânia, incluindo as outras três usinas nucleares.
“A transmissão remota de dados de equipamentos de salvaguardas da AIEA localizados em instalações nucleares em todo o mundo é um componente importante de nossa implementação de salvaguardas, na Ucrânia e globalmente”, disse ele. “Esses sistemas estão instalados em várias instalações na Ucrânia, incluindo todas as usinas nucleares, e nos permitem monitorar material nuclear e atividades nesses locais quando nossos inspetores não estão presentes”.
Em relação ao status das usinas nucleares operacionais da Ucrânia, o regulador disse que oito dos 15 reatores do país continuam operando, incluindo dois na central nuclear de Zaporizhzhya. Os níveis de radiação nos locais eram normais