fechados por mês
eventos do CanalEnergia
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
A Usina de Chernobyl segue sob atenção durante a invasão da Ucrânia pela Rússia. Foi informado pelo regulador local à Agência Internacional de Energia Atômica que equipes especializadas ucranianas conseguiram reparar uma linha de energia necessária para retomar o fornecimento externo de eletricidade para a Usina, quatro dias depois de terem sido perdidas.
O Diretor-Geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi, recebeu a notícia do chefe da empresa de energia nuclear ucraniana Energoatom, Petro Kotin, que revelou que os especialistas haviam consertado uma das duas linhas danificadas e agora poderiam entregar toda a energia externa necessária à central nuclear. Como já havia sido divulgado na semana passada, a desconexão da central nuclear não teve um impacto crítico nas funções essenciais de segurança no local, porque o volume de água de resfriamento usado foi suficiente para manter a remoção de calor sem fornecimento de eletricidade.
De acordo com o diretor geral da AIEA, a ação é positiva já que a central nuclear de Chernobyl teve que depender de geradores a diesel de emergência por vários dias. Mas a preocupação com a segurança na usina e em outras instalações nucleares da Ucrânia continua . Ontem, o regulador local informou à AIEA que os funcionários de Chernobyl não estavam mais realizando reparos e manutenção de equipamentos relacionados à segurança, em parte devido à fadiga física e psicológica após trabalhar sem parar por quase três semanas. A equipe de 211 técnicos e guardas está na planta e não consegue deixar o local desde o dia 23 de fevereiro, um dia antes da invasão russa a usina.
Em relação à central nuclear de Zaporizhzhya, tomada pelas forças russas desde 4 de março, não houve mudança no fornecimento de energia. A equipe de operação continua a trabalhar na usina, mas a gestão está sob o controle das forças russas. O regulador disse ainda ter sido informado por funcionários que pelo menos 11 representantes da estatal russa Rosatom também estavam presentes no local, mas sem interferir na operação. O diretor-geral Grossi enfatizou que essa situação atual contraria a diretriz que o pessoal operacional deve ser capaz de cumprir suas funções de segurança e proteção, além de ter a capacidade de tomar decisões livres de pressões.
Sobre o status das outras usinas nucleares da Ucrânia, oito dos 15 reatores do país continuam operando, incluindo dois na central nuclear de Zaporizhzhya, três em Rivne, um em Khmelnytskyy e dois no sul da país.