As obras de cravação de estacas do terminal de ancoragem da unidade flutuante de armazenamento e regaseificação (FSRU) do Terminal Gás Sul, em construção na Baía de Babitonga (SC) e iniciadas em outubro de 2021 foram concluídas pela Tenenge no último dia 12 de março, antes do prazo estabelecido no cronograma da obra. Neste período foram cravadas 85 estacas que variavam entre 48 e 57 metros de comprimento, cada, totalizando 4,68 quilômetros de tubos e uma carga total de 1.470 toneladas. Os serviços foram concluídos dentro das especificações internacionais de qualidade, sem que houvesse nenhum acidente com afastamento.
Ricardo Corregio, gerente responsável pelas obras offshore, conta que foi preciso superar inúmeros desafios, a exemplo das condições climáticas, em uma obra em que a logística é essencial para o sucesso. Segundo ele, o êxito veio graças à dedicação e comprometimento dos integrantes envolvidos nas atividades, tanto no mar quanto em terra, sem nunca renunciar à segurança, qualidade e respeito ao meio ambiente. Com a conclusão desta etapa, a obra do TGS atingiu 60,3% de avanço físico, com previsão de entrega no mês de agosto deste ano. As obras geram atualmente 935 vagas de emprego da região. De acordo com Marcelo Hofke, diretor-geral da Tenenge, o novo gasoduto irá garantir o abastecimento local e propiciará o desenvolvimento da região, apoiando o avanço da indústria no estado e ampliando a oferta de gás no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País.
Quando estiver pronto, o Terminal terá capacidade para regaseificar 15 milhões de metros cúbicos de GNL por dia. O empreendimento é fruto de um investimento de mais de R$ 380 milhões e deverá ampliar em mais de 3 vezes a disponibilidade de Gás Natural Liquefeito para o estado de Santa Catarina. Serão mais de 32 quilômetros de gasoduto, on e offshore, até sua ligação em definitivo no Gasoduto Brasil-Bolívia, operado pela TBG.
O TGS estará localizado a 300 metros da costa. Inclui infraestrutura para receber, armazenar, regaseificar e distribuir o gás natural, que chegará pelo mar através de navios metaneiros e será transferido pelo sistema ship to ship para uma FSRU que tem capacidade de armazenar 160 mil metros cúbicos de GNL. Após a regaseificação, o gás natural segue por cerca de 2 quilômetros num gasoduto sob o leito da baía, até aflorar no mesmo ponto de entrada do oleoduto OSPAR, em Itapoá, garantindo a mínima ocupação do espaço aquático e pouca interferência no espelho d’água. Em terra, o gás natural será transportado por um duto de 31 quilômetros até o ponto de conexão com o Gasbol, na cidade de Garuva.