O Índice Comerc apontou que o consumo de energia se intensificou no mês de fevereiro, com alta de 6,21% no consolidado mensal ante 2,16% em janeiro. O desempenho é resultado da performance de todos os onze setores da indústria analisados.

Segundo o Índice, o destaque ficou por conta do setor de Veículos e Autopeças, que liderou o ranking com crescimento de 18,98% na comparação com mês passado e de 1,55% em relação a fevereiro de 2021. De forma geral, a mesma tendência de otimismo moderado é observada no consumo de energia pelos demais setores da economia, como Têxtil, Couro e Vestuário (+13,43%), Química (+10,94%), Materiais de Construção (+7,16%), Papel e Celulose (+5,98%), Siderurgia & Metalúrgica (+5,41%) e Eletromecânica (+5,34%). Ainda na comparação setorial com o primeiro mês do ano, em fevereiro o consumo de energia também foi positivo para as categorias de Alimentos (4,63%) e Comércio e Varejista (4,46%), que iniciaram 2022 com leve queda – 0,30% e 1,71%, respectivamente.

Já no consolidado anual, o desempenho da maioria dos setores seguiu na contramão. É o caso de Eletromecânica, que retraiu 6,77%, e Materiais de Construção, Papel e Celulose e Manufaturados, todos com queda média de 5%; outros segmentos, como Embalagens, Química, Têxtil, Couro e Vestuário, Siderurgia e Metalúrgica apresentaram queda dentro da margem histórica (entre 0,40% a 4,26%). Ainda assim, a retração do consolidado anual foi leve, na ordem de 0,94% em fevereiro ante mesmo período de 2021.

Para a Comerc, o resultado do consumo de energia apresentado por todos os setores reflete os primeiros passos de reaquecimento da economia após altos e baixos no último ano. Marcelo Ávila, vice-presidente do Grupo, destaca que para os próximos meses, apesar do atual cenário econômico, orquestrado pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, inflação em alta e elevada taxa de desemprego, é possível esperar bons resultados no consumo de energia. Isso porque, mesmo diante de uma conjuntura sensível, o Ambiente de Contratação Livre faz com que os impactos nas tarifas de energia sejam menos sentidos pelas empresas e organizações que operam nesse ambiente.