A qualidade dos serviços de distribuição de energia elétrica alcançou em 2021 o segundo melhor resultado da série histórica acompanhada desde 2000 pela Aneel, que utiliza os indicadores DEC e FEC para a apuração. Ao longo do ano o fornecimento permaneceu disponível por 99,865% do tempo em média. Os consumidores ficaram 11,84 horas em média sem energia (DEC) no ano. A frequência (FEC) das interrupções se manteve em trajetória decrescente, reduzindo de 6,06 em 2020 para 5,98 cortes em média por cliente no ano passado.
O regulador atribuiu o avanço observado nos últimos anos a diversas ações, como as novas regras de qualidade do fornecimento nos contratos de concessão, adoção de planos de resultados para as distribuidoras que apresentavam mau desempenho, compensações financeiras aos consumidores, além das fiscalizações e definição de limites de interrupção decrescentes.
Desempenho por distribuidora
Das distribuidoras de grande porte, a primeira colocada foi a Cosern, seguida pelas concessões da Energisa no Tocantins e na Paraíba. A distribuidora que mais evoluiu em 2021 foi a Light, com um avanço de dez posições, seguida pela Energisa PB e EDP São Paulo, que subiram oito degraus em comparação ao ano de 2020. Já as últimas colocadas foram a Enel Goiás e as áreas da Equatorial do Maranhão e mais recentemente no Rio Grande do Sul. Vale destacar também um recuo de nova posições da Celesc.
Das empresas com até 400 mil consumidores, o pódio é dividido entre a Energisa Borborema (PB) e a Empresa Força e Luz João Cesa (SC), com a DME Distribuição (MG) em terceiro. As concessionárias que mais evoluíram foram o DEMEI e a SULGIPE. Entre as últimas colocadas COOPERALIANÇA, DCELT e FORCEL. Por sua vez as maiores regressões foram da DCELT e da MUXENERGIA.
As distribuidoras Amazonas Energia, CEA, Equatorial Alagoas, Equatorial Piauí, Energisa Acre, Energisa Rondônia e Roraima Energia foram excluídas excepcionalmente do ranking porque estiveram recentemente sob o regime de designação, com limites de indicadores flexibilizados.
Compensações
O valor das compensações de continuidade pagas diretamente aos consumidores registrou aumento, passando de R$ 634 milhões para R$ 718 milhões em 2021. A quantidade também registrou leve incremento, indo de 79,49 para 79,97 milhões.