A Eletrobras registrou lucro líquido consolidado de R$ 5,7 bilhões em 2021, um valor 11% inferior ao de 2020. O resultado Ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente ficou em R$ 19 bilhões, aumento de 35% na comparação com o ano de 2020. Esse indicador sem ser recorrente, apresentou alta de 44% na mesma base de comparação.
A empresa explicou em seu release de resultados que a performance foi influenciada, em especial, pela repactuação do risco hidrológico, no montante de R$ 4,2 bilhões. Outro ponto é a extensão dos prazos de outorgas de diversas usinas hidrelétricas, e ainda, a contabilização do resultado do reperfilamento do componente financeiro da RBSE, no montante de R$ 4,8 bilhões e pelas provisões operacionais, que tiveram aumento líquido de R$ 7,5 bilhões. Destaque para o aumento de R$ 10,8 bilhões relativos ao empréstimo compulsório.
A receita bruta da empresa totalizou R$ 44,4 bilhões ao final dos 12 meses, uma alta de 26% na comparação com 2020. Contudo, o volume de energia vendida no ano caiu 9,4%, para 126,5 GWh.
Somente no quarto trimestre de 2021 a companhia apresentou lucro líquido de R$ 610 milhões. Segundo a empresa, influenciado positivamente pelo desempenho operacional, com destaque para o segmento de geração. O Ebtida recorrente foi de R$ 4,8 bilhões, alta de 4% na comparação com os três últimos meses de 2020.
A receita operacional líquida aumentou dos R$ 9 bilhões no mesmo trimestre de 2020 para R$ 11,5 bilhões, um crescimento de 27%, em razão da performance nos contratos bilaterais e maior receita de liquidação junto à CCEE e venda da energia importada do Uruguai. Apesar dessa afirmação, a venda de energia no trimestre caiu 11%, para 32,5 GWh.
Os investimentos no ano de 2021 somaram R$ 4,7 bilhões aumento de 82% na comparação com 2020. A dívida líquida encerrou 2021 em R$ 21,6 bilhões, o que leva a alavancagem da empresa medida pela relação entre dívida líquida sobre o Ebitda recorrente a 1,1 vez, abaixo do índice de 1,5 vez do trimestre anterior.