A Eneva fechou 2021 com lucro de R$ 1,1 bilhão, aumento de 17% em relação ao ano anterior. A companhia apresentou seus resultados financeiros na noite da última segunda-feira, 21 de março, reportando recorde no EBITDA, que cresceu 40% para R$ 2,3 bilhões, resultado que poderia ser melhor se não houvesse incremento de 56% nas despesas com vendas, gerais e administrativas.
Por sua vez a receita líquida chegou a R$ 5,1 bilhões, subindo 58% impactada positivamente pelos despachos térmicos 72% maiores ante 45% no ano anterior, além do aumento no CIF/ARA, nos preços Henry Hub e pela desvalorização do real em relação ao dólar norte-americano. Além disso, a indexação dos contratos de longo prazo ao IPCA também proporcionou uma proteção natural contra a alta da inflação.
Foram R$ 480 milhões desembolsados em financiamentos do BNB e do BASA para os projetos Parnaíba V e Azulão-Jaguatirica, fortalecendo a posição de caixa da empresa para financiar os investimentos em curso, que em 2021 totalizaram R$ 1,7 bilhão, diminuindo 23% em comparação a 2020. A dívida líquida aumentou 18,8%, atingindo R$ 6,2 bilhões e o fluxo de caixa livre é de R$ 737 milhões.
Resultado trimestral
No quarto trimestre a Eneva registrou lucro líquido de R$ 489,4 milhões, recuando 28,7%. O resultado foi atribuído ao aumento da despesa financeira líquida e da constituição extraordinária de ativo fiscal diferido ocorrida no último trimestre de 2020 e que não se repetiu no ano passado, levando a um aumento nos custos com impostos, de R$ 44,6 milhões.
Já o EBITDA e receita líquida tiveram altas de 37,5% e 39%, atingindo R$ 842,5 milhões e R$ 1,6 bilhão respectivamente. O despacho médio das usinas atingiu 75%, comparado a 91% no mesmo período do ano anterior, com geração total de 3.430 GWh versus 4.068 GWh.