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A capacidade global de armazenamento das baterias de íons de lítio pode aumentar mais de cinco vezes para 5.500 GWh entre 2021 e 2030, aponta o mais recente estudo da consultoria Wood Mackenzie. A região da Ásia-Pacífico, liderada pela China, respondeu por 90% da fabricação mundial no ano passado, o que deve mudar até o final da década, com a região reduzindo sua participação para 69%.
Ainda que o potencial das células da América do Norte possa passar por uma ampliação em dez vezes pelos próximos oito anos, o levantamento aponta que a Europa caminha para ultrapassar o continente em 2022 e representar mais de 20% da capacidade global até 2030, numa rápida expansão.
O consultor da Wood Mackenzie, Jiayue Zheng, disse que o mercado de veículos elétricos responde por quase 80% da demanda por baterias de íons de lítio e que os altos preços do petróleo estão ajudando a mais mercados implementarem políticas de transporte de emissão zero, fazendo com que o interesse pela tecnologia dispare e ultrapasse 3.000 GWh nos próximos oito anos. No entanto a oferta deve ficar apertada até 2023.
“O mercado de baterias de íon-lítio já enfrentou escassez no ano passado devido à próspera demanda do mercado de veículos elétricos e ao aumento dos preços das matérias-primas. Em nosso cenário base, projetamos que o fornecimento de baterias não atenderá à demanda até 2023”, destacou Zheng.
Segundo a pesquisa, os fabricantes estão respondendo com grandes planos de expansão, levando a capacidade total para mais de 5.500 GWh em 300 instalações de fabricação. Entre eles os chineses anunciaram planejamento para mais de 3.000 GWh até o momento. Os 15 principais fornecedores colocaram em operação um total de cerca de 200 GWh em 2021, com o acumulado do ano atingindo 600 GWh.
Enquanto isso 3.000 GWh estão em fase de planejamento ou construção. A CATL lidera a expansão com 800 GWh operacionais e planejada até 2030. Outros como SVOLT, CALB e Gotion High-Tech, também têm metas ambiciosas para 2025 e a consultoria afirmou que aguarda “muitos outros anúncios de novas plantas em 2022”.
Fosfato de ferro e lítio
Outra tendência a ser observada é a crescente proeminência das baterias de fosfato de ferro e lítio (LFP), à medida que as de níquel-cobalto-manganês (NCM) perdem participação de mercado. Historicamente os mercados de armazenamento de energia e mobilidade elétrica têm implantado principalmente baterias NCM, devido à sua disponibilidade e maturidade.
No ano passado, a NCM ainda representava metade do market share. No entanto as baterias LFP começaram a entrar no mercado com custo competitivo, longo ciclo de vida e alto desempenho de segurança, tornando-as uma opção atraente para aplicações de energia. A Wood Mackenzie projeta que a participação de mercado da LFP ultrapassará a NCM em 2028.