A Copel registrou lucro líquido de pouco mais de R$ 5 bilhões em 2021, aumento de 29,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou em R$ 5,1 bilhões, crescimento de 5,2% nessa mesma base de comparação. No trimestre encerrado em dezembro, o lucro foi de R$ 396 milhões e o ebitda ajustado em R$ 1 bilhão.

A receita operacional líquida totalizou R$ 6,6 bilhões no trimestre, crescimento de 16,6% em relação ao registrado no mesmo período de 2020. Esse resultado, diz a empresa, reflete o crescimento de 20,7% com suprimento de energia elétrica, decorrente, sobretudo da comercialização dos 360 GWh de energia produzida pela UTE Araucária com preço médio de venda (CVU) superior aos R$ 2 mil por MWh para o período. No ano anterior era de cerca de R$ 438 por MWh. E ainda, pelo maior volume de energia vendida em contratos bilaterais pela Copel Mercado Livre.

No segmento de distribuição o indicador de qualidade reportado ficou abaixo do estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica. O DEC ficou em 7,22 horas ante limite de 9,29 horas e o FEC em 4,83 vezes ante os 6,84 que a agência determinou para 2021.

Em termos de perdas totais a empresa praticamente alcançou o indicador da Aneel com 7,76% ante os 7,73% de limite. Foram 2.011 GWh em perdas técnicas e 649 GWh de perdas comerciais. No mercado fio a Copel já havia reportado um aumento de 5,6% na comparação com o ano de 2020.

A empresa encerrou o ano com aportes de R$ 2,2 bilhões, a maior parte no segmento de distribuição com R$ 1,6 bilhão. A previsão de investimentos para 2022 permanece relativamente estável na comparação com 2021, está projetado pouco mais de R$ 2 bilhões, novamente o aporte nas redes da empresa devem responder por R$ 1,6 bilhão.

A dívida líquida ajustada da empresa ficou em R$ 7,9 bilhões enquanto a dívida total é de R$ 11,8 bilhões, alta de 18,9% quando comparado ao fechamento de 2020.